Governador e senadora querem volta do nome Dois de Julho para aeroporto de Salvador



O governador da Bahia, Jacques Wagner, se manifestou a favor do retorno do antigo nome do aeroporto da capital baiana, Aeroporto Internacional Dois de Julho, que alude à independência do estado. Ele se pronunciou em sessão especial em Plenário, nesta terça-feira (5), para comemorar os 188 anos da definitiva expulsão dos portugueses da Bahia. O aeroporto teve seu nome mudado para Luís Eduardo Magalhães, em homenagem ao deputado federal baiano falecido em 1998.

- Nenhum homem individual pode substituir a saga de um povo - justificou o governador, depois de destacar que tomava aquela posição apesar da amizade que nutria por Luiz Eduardo, filho do também falecido senador e governador baiano Antonio Carlos Magalhães.

Quem primeiro abordou o assunto foi a senadora Lídice da Mata (PSB- BA), também autora do pedido para a sessão comemorativa, subscrita ainda pelos outros dois senadores baianos - João Durval (PDT-BA) e Walter Pinheiro (PT-BA). Lídice esclareceu que defendia a volta do nome original como forma de restaurar um ato de homenagem de grande importância para os baianos.

- A mudança do nome não pode ser entendida como um gesto de revanchismo - afirmou Lídice, salientando que já se distanciou do estilo "brigona" que caracterizava sua atuação como opositora ao grupo de Antonio Carlos Magalhães.

Para que o nome do aeroporto possa ser alterado, será preciso aprovar projeto nas duas Casas do Congresso. Já existe proposição com este objetivo tramitando na Câmara dos Deputados.

Festa popular

Os portugueses abandonaram Salvador em 2 de julho de 1823, quase um ano após a proclamação da Independência do Brasil. A data é revivida em festejos com grande participação popular, especialmente na capital e cidades do Recôncavo, palco de batalhas contra as tropas lideradas pelo brigadeiro Madeira de Melo.

Na capital, um grande cortejo sai do bairro da Lapinha e vai até o Campo Grande. As casas e ruas do trajeto são enfeitadas com as cores da Bahia e do Brasil. O desfile serve de teste de popularidade para os políticos, especialmente em anos de eleição. A população que segue o cortejo sempre aproveita a data para críticas políticas e sociais e reivindicações ao poder público.

Mais informações a seguir



05/07/2011

Agência Senado


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