Governo agiu certo para impedir aumento no preço dos combustíveis, diz Walter Pinheiro




Em pronunciamento nesta quinta-feira (12), o senador Walter Pinheiro (PT-BA) cumprimentou a BR Distribuidora pela "acertada decisão" de ajudar o governo no combate à inflação, reduzindo o preço dos combustíveis em 7 mil postos do país, que respondem por quase 40% do mercado nacional.

Em seu discurso, Walter Pinheiro disse que não procedem as críticas de analistas econômicos de que, com que a medida, o governo estaria praticando intervencionismo ou levando a BR Distribuidora à concorrência desleal com demais distribuidoras que atuam livremente no mercado, a exemplo da Ipiranga, Shell e Esso.

- Quando o governo intervém no mercado para defesa da economia popular não faz nada mais que a sua obrigação. Ao permitir o funcionamento livre dos cartéis, aí, sim, o governo estaria negligenciando e corroborando com a prática nociva, lesiva e de prejuízo à sociedade - afirmou.

Walter Pinheiro disse ainda que "enxergar intervencionismo" em um governo que conta com expoentes da iniciativa privada no assessoramento da presidente Dilma Rousseff "é o mesmo que pretender encontrar chifre em cabeça de cavalo ou pêlo em casca de ovo".

O senador ressaltou que a medida foi uma resposta do governo aos cartéis identificados pelo ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, "que manipulavam o preço dos combustíveis, tanto do álcool como da gasolina, alimentando, assim, uma espiral inflacionária".

O representante da Bahia ressaltou ainda que esse tipo de intervenção não é novidade na história do pais, lembrando a atuação de governos passados que "usavam a Cobal [companhia estatal de alimentos] como moderador de preços praticados no supermercados".

- O equilíbrio do mercado também faz parte da garantia da concorrência - afirmou.

Em aparte, o senador Jayme Campos (DEM-MT) disse que "o governo demorou" para impedir a cartelização do setor de combustíveis. O senador, no entanto, afirmou que ainda precisam ser adotadas providências que elevem a produção nacional, diante do aumento dos carros flex. Uma delas seria a revisão de um decreto que suspendeu o cultivo da cana-de-açúcar em uma região do Mato Grosso que há 30 anos se dedicava à atividade, sob a alegação de que a cultura punha em risco os rios da bacia do Alto Paraguai.



12/05/2011

Agência Senado


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