Governo brasileiro suspende importação de carne paraguaia por causa de novo foco de febre aftosa



O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou no começo da noite de terça-feira (3) que vai suspender as importações de carne de bovinos oriundos do Departamento de San Pedro, no Paraguai, onde o governo vizinho identificou um foco de febre aftosa.

A suspensão é parte de uma lista de medidas divulgadas pelo governo brasileiro para proteger a fronteira do Brasil de uma possível entrada do vírus da doença. Segundo o ministério, a aftosa foi diagnosticada em bovinos de uma propriedade na localidade de Aguaray Amistad, no Departamento de San Pedro, a cerca de 30 quilômetros do foco notificado em setembro de 2011.

Entre as medidas também estão o apoio do Exército Brasileiro nas ações de vigilância animal na fronteira, a retomada da desinfecção dos veículos procedentes do Paraguai, a suspensão de todos os eventos agropecuários em Mato Grosso do Sul, nas proximidades com o Paraguai, o reforço nas ações de vigilância e de educação sanitária na região, com a identificação e fiscalização a cada 30 dias de fazendas com maior risco de vulnerabilidade.

Na próxima semana, o governo do Brasil vai enviar uma missão técnica ao Paraguai “para verificar os controles de origem dos animais abatidos e as condições de processamento das carnes exportadas ao Brasil”, de acordo com o anúncio do ministério.

 

Paraná

Equipes paranaenses de fiscalização sanitária vão trabalhar 24 horas nos postos de inspeção da área de fronteira para evitar a entrada de gado com aftosa no País. Além disso, o governo do estado vai montar barreiras nas principais vias entre o Paraná, Mato Grosso do Sul, o Paraguai e a Argentina, bem como visitar propriedades que possam estar expostas a risco ou suspeitas de foco de aftosa.

A Divisão de Sanidade Animal da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento estará alerta para que as cargas das espécies suscetíveis (bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos) que entrem no Paraná sejam vistoriadas com prioridade. A movimentação de bovinos deverá estar devidamente registrada no cadastro da divisão.

Autoridades sanitárias do Paraná e de Mato Grosso do Sul, que já estão mobilizando forças policias e o Exército para também reforçar a vigilância no trânsito de animais, vão trabalhar de forma integrada com o governo federal.

O Paraná encerrou há cerca de mês uma campanha de vacinação que imunizou aproximadamente 97% do rebanho e trabalha com o propósito de se tornar livre da aftosa, sem vacinação, até 2013.

 

Fonte:
Agência Brasil



04/01/2012 11:17


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