Governo encaminha projeto à Assembléia na próxima semana



Governo encaminha projeto à Assembléia na próxima semana O governo do Estado encaminha na próxima semana, à Assembléia Legislativa, o projeto de alteração da matriz tributária gaúcha. É o terceiro ano consecutivo em que o Executivo tenta promover o aumento seletivo das alíquotas de impostos. Neste final de semana, o secretário da Fazenda, Arno Augustin, discute o projeto com conselheiros do Orçamento Participativo. Diferente das propostas já rejeitas pelo Legislativo, o novo texto não prevê aumento de arrecadação. Segundo o governo, a idéia é repassar diretamente para fundos de apoio a setores produtivos toda a verba resultante do reajuste de alíquota de itens como combustíveis, bebidas e cigarros. Garotinho começa a campanha no Estado O governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PSB), começou ontem, no Rio Grande do Sul, sua campanha à presidência da República. Com roteiro de candidato, Garotinho tomou café da manhã com empresários, no Plaza São Rafael, e almoçou no bandejão popular do bairro Menino Deus, em Porto Alegre. Dia 19, retorna ao Estado para encontrar-se com evangélicos. Pela primeira vez autorizado pelo partido a falar como pré-candidato, o governador defendeu a estabilidade econômica e o crescimento com justiça social, baseado em incentivos aos setores produtivos estratégicos. "Precisamos dar um choque de crédito na economia porque, dessa forma, o País vai gerar mais empregos. Não podemos ter uma política de crédito que mate a indústria nacional", afirmou. Defendeu, também, a adoção de bandas cambiais e de uma política permanente de exportações. "O Brasil deve manter o dólar bom, e não aquele trazido pela especulação", destacou. Garotinho se considera o candidato com maior margem de crescimento, devido à pouca rejeição apontada nas pesquisas de opinião. "Minha candidatura é excepcional. Foi lançada há apenas dois meses e já tem 10% de intenções de voto", argumentou. Sobre as alianças, adiantou que acontecerão somente com partidos pequenos, como o PL, no primeiro turno. Não acredita em polarização da eleição. "Haverá, pelo menos, dois candidatos do governo e alguns oposicionistas, ou governistas travestidos de oposição", comentou, referindo-se a Ciro Gomes (PPS), que "concebeu a política econômica que está aí". Para o governo gaúcho, Garotinho destacou a importância da candidatura própria nos estados, mas ressaltou que uma aliança com o PT no Rio Grande do Sul não está descartada. "O PSB deve procurar coligações que não descaracterizem sua oposição ao governo federal", concluiu. Campanhas contribuem para aumento da doação de órgãos A implantação da lista única para transplante de fígado e rim e as campanhas nos veículos de comunicação contribuíram para um aumento na doação de órgãos por parte das famílias gaúchas. O Rio Grande do Sul é o Estado que apresenta o menor índice de rejeição a doação de órgãos no País, ou seja, apenas 17% das pessoas consultadas durante a realização da carteira de identidade optaram por não ser doadoras. O Jornal do Comércio realiza atualmente uma campanha incentivando a doação de órgãos entre a população gaúcha. O coordenador da Central de Transplantes do RS, Roberto Schlindwein, destaca que no Estado a captação de múltiplos órgãos tem aceitação de 80% do total de pessoas consultados. Schlindwein informa que 900 pessoas aguardam por um transplante de rim, 60 por um fígado, 40 por pulmão e 11 por um coração no Estado. Segundo o médico, no Rio Grande do Sul, em média, uma pessoa aguarda um rim entre um e dois anos. Ontem, a Central de Transplantes lançou uma campanha integrante da Semana de Incentivo à Doação de Órgãos. A campanha é uma em homenagem aos médicos e pilotos que morreram num acidente aéreo há quatro anos em Chapecó, quando a equipe participaria da captação de órgãos. Conforme Schlindwein, 20 mil folders e cinco mil cartazes serão distribuídos em órgãos estaduais e municipais, hospitais e escolas. O médico diz que o texto das peças publicitárias busca estimular a solidariedade e contém informações básicas sobre transplantes e as condições para que isto aconteça. Informações sobre doações podem ser obtidas na Central de Transplantes através dos telefones 3219.1900 ou 3217.1616. Terminais da Salgado Filho serão redefinidos A situação dos terminais de ônibus nas avenidas Borges de Medeiros e Salgado Filho, no Centro de Porto Alegre, poderá estar definida ainda neste mês. A Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC) está concluindo um estudo técnico para saber quem são e para onde vão os passageiros que desembarcam nos finais de linha dos coletivos. O resultado da pesquisa de origem e destino deverá ser divulgado até o final do mês. A EPTC não descarta a possibilidade de remoção dos terminais rodoviários - se o estudo apontar que a Borges e a Salgado Filho servem apenas como corredor de passagem para acessar outras áreas. O trabalho foi uma iniciativa da Associação de Moradores do Centro, que foi priorizado no Orçamento Participativo (OP). A entidade reservou R$ 410 mil para ajudar na realização do estudo. O gerente de planejamento do eixo Centro-Sul da EPTC, engenheiro Henry Weiss, explica que o resultado vai oferecer subsídios para que a EPTC reorganize o sistema de transporte coletivo no local, além de ajudar a Prefeitura a requalificar os imóveis na região. "Queremos saber se quem desce dos ônibus na Borges ou na Salgado é porque trabalha ou consome nestas duas ruas", afirma o técnico. Seja qual for o resultado da pesquisa, é certo que a EPTC vai restaurar os terminais dos coletivos. Henry Weiss admite que os equipamentos atualmente à disposição não são adequados. "Há uma deficiência nos abrigos e as paradas de ônibus ganharão um padrão estético mais moderno", afirma. Atualmente, 85 linhas de ônibus dos consórcios STS e Unisinos que percorrem o eixo Sul e Leste encerram o itinerário na Borges de Medeiros e na Salgado Filho. Segundo a Secretaria Municipal dos Transportes (SMT), cerca de cem mil passageiros desembarcam diariamente nos terminais das duas avenidas. Moradores apresentam reivindicação há 14 anos O vice-presidente da Associação de Moradores do Centro, Paulo Guarnieri, disse que a remoção dos terminais de ônibus das avenidas Borges de Medeiros e Salgado Filho há muito tempo é uma luta da comunidade. A transferência dos finais de linha é sugerida ao poder público desde a fundação da entidade, em 1987. Paulo Guarnieri constatou que os pontos de ônibus servem de transbordo para a Zona Norte, onde está localizada a região industrial da cidade. Empiricamente, o diretor garante que 70% dos passageiros que desembarcam naqueles terminais descem para a Andradas ou se dirigem ao Mercado Público. "O eixo Borges-Salgado virou uma grande rodoviária", acrescentou. Os moradores reclamam de outros aspectos que estão a reboque da localização das paradas de ônibus, como a fumaça descarregada pelos coletivos, desvalorização dos imóveis e segurança. "Quem mora no Centro se aborrece com a presença de traficantes, prostitutas e baderneiros", explica Guarnieri. A iniciativa da associação tem o apoio de entidades empresariais, como o Sindilojas e do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes. Arrecadação do RS cresce 4% A arrecadação do Estado com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) obteve crescimento real de 4% em setembro em relação ao mesmo mês do ano passado. Segundo dados preliminares da Fiergs, o governo gaúcho recolheu R$ 580,99 milhões frente aos R$ 558,61 milhões de setembro de 2000. O assessor econômico da Fiergs, Jeferson Bittecourt, considera positivo o fato de o crescimento da receita estar se mantendo apesar da desaceleração econômica. "Isso mostra que a base de arrecadação cresceu, ou seja, novas empresas foram incorporadas à mesma", afirma. Em 2000, o PIB gaúcho aumentou 5,2%. Esse ano, a previsão da Fiergs é de um incremento de 3,4%. Mesmo assim, a arrecadação deve registrar elevação de 6,3%, bem próxima aos 6,5% de 2000. O orçamento do governo estadual, no entanto, trabalha com uma previsão de incremento de 9%. No ano, o Estado já acumula R$ 5,06 bilhões recolhidos, montante 8% superior àquele registrado entre janeiro e setembro de 2000. Apesar do crescimento na receita, Bittencourt destaca que não há mais possibilidade de o governo cumprir a meta fixada pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), de limitar os gastos com pessoal em 67,8% da receita corrente líquida. "O esforço inicial para se enquadrar à LRF foi abandonado, e o governo passou a agir no sentido contrário, contratando e concedendo aumento para algumas categorias", afirma. Segundo o economista, nem mesmo no ano que vem o limite para os gastos com pessoal será obedecido. Segundo previsão da Fiergs, os gastos desse ano devem absorver 72% da receita corrente líquida, e, em 2002, a meta seria limitá-los a 60%. "É bem improvável que se consiga cumprir essa meta", destaca. Para tentar amenizar o problema, o governo tentou alterar a matriz tributária do Estado, mas o projeto foi rejeitado duas vezes na Assembléia Legislativa. "Não adianta tentar aumentar arrecadação através de elevação das alíquotas, pois o problema não está no lado da receita, e, sim, no da despesa", ressalta. Para o economista, é preciso procurar uma solução para a questão previdenciária do Estado, um dos entraves das finanças gaúchas. "Também a instituição de um teto salarial colaboraria para a solução do problema", salienta o assessor da Fiergs. A arrecadação de setembro foi a segunda maior do ano, ficando atrás de janeiro, quando foram recolhidos R$ 633,16 milhões. Na comparação com agosto, houve crescimento de 9,5%. A tendência, revelada pelos doze meses fechados em setembro, mostra elevação de 8%, o que representa queda em relação ao mesmo indicador para os dois meses anteriores, quando os crescimentos eram de 8,3% para os doze meses até agosto e 8,7% até julho. Desvalorização força indústrias a diminuir importações A economia brasileira precisa reverter rapidamente a dependência externa através do crescimento do superávit comercial. "A vulnerabilidade do Brasil é externa, não interna." A opinião é do economista Cláudio Adilson Gonçalez, que falou ontem aos empresários do setor eletroeletrônico, durante reunião-almoço, em Porto Alegre. Após duas fortes desvalorizações, a economia nacional já vem se adequando, "houve um ajuste em relação às exportações", avalia ele. "Mas enquanto o Brasil não reverter o saldo da balança comercial, a dependência externa tende a aumentar." Para 2002, a expectativa do economista é que diminua este déficit, de forma gradual. "Não haverá mudança em curto prazo. Esta reversão depende de vários fatores, como a mudança na política tributária, criação de empresas maiores e capacitação tecnológica." Em relação à indústria eletroeletrônica, Gonçalez diz que o setor deverá seguir deficitário, e sua performance dependerá da economia em geral. Como grande parte do que é produzido pela indústria do setor está ligado a bens duráveis, com maior dependência de crédito, a possibilidade de crise se manifesta de forma mais acentuada. No acumulado do ano, a indústria de eletroeletrônicos exportou US$ 2,9 bilhões, 2,9% acima dos US$ 2,8 bilhões de janeiro a agosto de 2000. De janeiro a agosto, o setor importou US$ 8,792 bilhões, 22% a mais que em igual período do ano passado (US$ 7,353 bilhões). Isso significa que o déficit acumulado subiu de US$ 4,51 bilhões em 2000 para US$ 6,05 bilhões este ano. Dívida pública diminui em relação ao PIB A situação financeira do setor público e sua capacidade em honrar suas dívidas está equilibrada, ressalta o economista Cláudio Adilson Gonçalez. "Já há reversão no crescimento contínuo da dívida pública interna em relação ao crescimento do PIB." Apesar disso, diz que não há como avaliar a dívida pública este ano, por que a taxa real de câmbio está desvalorizada. Este ano, com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 2% e os juros reais próximos a 10%, o Brasil já está gerando superávit primário, avalia o economista. Ele avalia que antes dos atentados nos Estados Unidos já havia pessimismo em relação à desaceleração da economia daquele País, com conseqüências graves ao Brasil. Além disso, a incapacidade da Europa em substituir o mercado norte-americano, a crise de quase uma década do Japão e o problema energético brasileiro formaram um quadro difícil para a produção nacional. Mesmo assim, Gonçalez acreditava na recuperação dos Estados Unidos no último trimestre deste ano. Depois de 11 de setembro, as perspectivas mudaram. Os desdobramentos deste episódio irão determinar a situação econômica mundial, mas não devem ser de guerra declarada, acredita Gonçalez. O campo diplomático e pressões econômicas devem determinar o primeiro conflito deste novo milênio. A recuperação da maior potência mundial deve acontecer apenas no segundo semestre do próximo ano, acredita o economista, sócio da MCM Consultores Associados. Para ele, esta retomada só irá se refletir posteriormente no Brasil Artigos A reciclagem política Sérgio Borja Estamos assistindo, nos últimos meses, o reciclar de extensas áreas políticas. Todo o processo de reaproveitamento tem sempre limitações, mas o político é a única exceção a esta regra. A causa motora de todo o processo pode ser localizada na falência de algumas siglas partidárias identificadas, umas, como causadoras da falência estatal e da crise social e, outras, com o extremismo. Quando o navio começa a afundar, os ratos são os primeiros a saber. Não são nada castos os que habitam tão rente ao casco. Pois é este o descarado vai e vem que ora se presencia. Ali é um ex-socialista buscando uma posição mais soft ao centro. Da ala mais liberal, depois da débâcle da privatização, da desestatização e da globalização, voam mais à esquerda, buscando alguma sigla de aluguel que os albergue. Quanto mais longe é o canto, mais perto é o disfarçado ninho. Como soldados da fortuna, camuflados numa nova embalagem, com novo peso, sabor e cor, em época de neoinflação, pretendem, maquiados, serem vendidos pelo mesmo preço. Eis aí demagogia teu novíssimo adereço! É voz corrente que os incautos eleitores sofrem do Mal de Alzheimer. Assim é de lembrá-los que existem várias técnicas de vender mercadorias vencidas, imprestáveis ou fora de moda. Misturar na prateleiras os produtos é o processo mais usual. O procedimento mais utilizado é o de reembalagem. Trocar o partido e a sigla desbotada por uma bandeira nova. O pior, num sistema partidário falido e inflexível que não permite partidos regionais nem candidaturas avulsas, é o sistema de venda casada. Você, para votar num que presta ou tornar seu voto útil, tem de aceitar, de lambuja, um candidato "marca diabo". As coligações espúrias obrigam aos milhares o chamado voto "frankenstein". O processo de recauchutagem político é tão antigo quanto a civilização ocidental. A demagogia tem a mesma idade da prostituição. Ambas são contemporâneas da democracia. Gregos e romanos conheceram tanto a virtude política como a decadência. Pode-se afirmar, sem temor ao erro, que as prostituições, tanto a do corpo como a das idéias, são endemias históricas. O que é mais grave nisto tudo é que não existe um sistema análogo ao dos "Procons ou Fiscais do Sarney" e estes candidatos, reciclados, não trazem a tarjeta, o torvelinho de flechas, que é a marca registrada que acusa a mutação de sua antiga em nova condição. Assim, eleitor tenha cuidado! Não vá comprar gato por lebre, pois ao votar em eventuais e presumíveis "idôneos lidadores dos direitos do cidadão", você, em realidade, poderá estar votando naqueles que venderam o estado e a nação. Você não será nem a primeira nem a última vítima do chamado "estelionato político". Continuará sem direito a substituição e muito menos a alguma indenização Colunistas Cenário Político - Carlos Bastos Zambiasi diz que prefere o Senado O presidente da Assembléia, deputado Sérgio Zambiasi (PTB), afirmou ontem que prefere, neste momento, disputar uma cadeira no Senado Federal do que concorrer ao governo do Estado. Depois de quatro mandatos como deputado estadual, sempre como o mais votado, ele entende que preencheria uma etapa de sua carreira caso ocupasse uma das vagas de senador que estarão em disputa no pleito de 2002. O líder petebista acha que é muito boa sua experiência como presidente do Legislativo Estadual, o que entusiasma alguns de seus correligionários que lançam a candidatura dele ao Palácio Piratini. Zambiasi declara-se inclinado a integrar uma chapa majoritária, mas preferencialmente para o Senado. Esta seria sua decisão agora, caso lhe fosse colocada a questão. Depois de adquirir mais experiência política em Brasília, participando dos trabalhos do Senado, se sentiria em condições de aspirar concorrer ao governo do Estado. Diversas O deputado Otomar Vivian (PPB) assume, amanhã, como o primeiro ouvidor da Assembléia Legislativa. Ele terá à sua disposição um telefone 0800. O vereador Almerindo Filho, que foi eleito pelo PFL e estava há dois meses como independente na Câmara Municipal de Porto Alegre, filiou-se ontem ao Partido Social Liberal (PSL). É a terceira bancada de um vereador criada na última semana. Antes houve a opção de Clênia Maranhão pelo PPS e de Haroldo de Souza, pelo PHS. Agora, há nada menos do que 13 bancadas com assento na Câmara de Vereadores da Capital, sendo que seis delas tem um só representante: PL, PCdoB, PSB, PPS, PHS e PSL. O presidente Fernando Záchia (PMDB) está com o problema de acomodar 33 vereadores divididos em 13 bancadas. A vereadora Sofia Cavedon (PT) está promovendo um jantar em homenagem ao reitor da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, professor José Clóvis Azevedo, esta noite, no restaurante Grelha do Porto, na rua José de Alencar, nº 1.057. Presidente do PPS de Porto Alegre, Luiz Carlos Mello, conseguiu promover a volta do médico Rui Peixoto às fileiras do partido. Promoveu também a filiação do comunicador Doca Albuquerque, que vai concorrer a deputado estadual, e do presidente do Sindicarnes, Marco Augusto Lunardelli, que também disputará uma vaga na Assembléia Legislativa. Foi cancelada, em função do mau tempo, a reunião entre o governador Olívio Dutra e o governador da Província de Buenos Aires, Carlos Frederico Ruckauf, que se realizaria ontem na capital argentina. Presidente do PPS gaúcho, deputado Bernardo de Souza, visitou ontem o presidente do PSDB, deputado Jorge Gobbi, propondo que os tucanos participem de uma aliança nas eleições de 2002. Última O deputado Marco Peixoto (PPB) foi convidado pelo presidente Sérgio Zambiasi para dirigir a Escola do Legislativo gaúcho que será instalado, nos próximos dias, nas dependências do Parlamento Estadual. A escola tem como objetivo oferecer suporte técnico-administrativo às atividades da Assembléia e fornecerá aos parlamentares e servidores subsídios para exercerem de forma eficaz as funções. Ela estará integrada ao programa Interlegis - rede privada de computadores conectada com o Senado Federal. Começo de conversa - Fernando Albrecht Festa de arrasar A noite de terça-feira teve duas estrondosas festas que reuniram a maior concentração de mulheres bonitas por metro quadrado da cidade. No Iguatemi, o Donna Fashion e na Leopoldina Juvenil, o aniversário da revista South Star, de Jacinto Pilla e Cláudio Campos. Esta, então, foi de tirar o chapéu. A mais feia - tirando os contrapesos de sempre - empatava com a Sharon Stone quando ela tinha 30 aninhos. E por falar em festa... ...uma figura de proa do PPS que estava lá disse que ficou sabendo de um compromisso que o ex-governador Antônio Britto teria assumido com seu grupo, o de candidatar-se a deputado estadual para arrastar um monte de ex-peemedebistas na legenda. É difícil fazer os cálculos, mas há quem calcule em 300 mil ou mais votos que Britto faria, muito embora não pouca gente jure que Britto é, sim, candidato ao Piratini. Atração fiscal Muita gente está achando que os contêineres depositados nas imediações da Usina do Gasômetro fazem parte de um novo depósito deste equipamento do porto. Na realidade, trata-se da Cidade dos Contêineres, que abrigará peças da Bienal. Pelo sim pelo não, dizem que um atento fiscal da Fazenda já andou furungando o depósito, talão de multas na mão... Alerta vermelho O Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre está porrr aqui com o IPE por causa do atraso nos pagamentos aos hospitais, clínicas e laboratórios. Uma reunião feita em 26 de setembro decidiu por marcar uma assembléia geral para o dia 18 deste mês para definir o melhor caminho jurídico a ser tomado pela classe. Os laboratórios clínicos já se movimentam para paralisar os serviços de atendimento aos usuários do instituto como forma de protesto e alerta. Show do Milhão O deputado Onyx Lorenzoni (PFL) disse que o orçamento do Estado para 2002 está “turbinado”, definindo-o como o “Show do Milhão para o ano eleitoral”. E explica: “a pulverização de recursos é tão grande que para muitas obras a verba só dará para fazer a placa”, citando que existem obras em estradas com dotação de apenas alguns milhares de reais. Agruras de restaurante Não bastassem seus sérios problemas financeiros que o levaram a fazer campanha de doações, o Bandejão Popular (refeições a R$ 1,00) eventualmente serve comensais pelos sistemas BL (boca livre) ou NM (no mól), pelo critério do colunista Nercy Anelli. Segundo a madrinha da casa, Amália Leal Medeiros, dia 17 de setembro o prefeito Tarso Genro e assessores lá comeram e não pagaram. Injustiça. Certamente foi esquecimento, já que a prefeitura tem vale-refeição de R$ 4,80. Em compensação, ontem o governador Anthony Garotinho e assessores comeram e pagaram. Mais: Garotinho invadiu a jurisdição gaúcha e prometeu fazer contato com o Grupo Gerdau para que este dê uns trocos ao BP. O convite A ex-vereadora Sônia Santos foi convidada para palestrar na União dos Vereadores do estado de São Paulo, que congrega mais de 900 edis. Impressionou ao traçar um perfil atual do quadro político e ideológico do Rio Grande do Sul. Resultado: vai fazer várias outras palestras no interior paulista. Fala o Dep A propósito de alagamentos na área defronte ao Gigante do Beira Rio, o Dep esclarece que já foram iniciadas as obras para resolver o problema. Já a bacia de contenção da macrodrenagem da José de Alencar, diz o Dep, funcionou bem durante as fortes chuvas. Armadilha pura Já que o secretário Beto Albuquerque reconheceu que existem pardais-armadilhas na Serra, poderia dar uma olhada também na rodovia que leva à Serra das Hortênsias via Taquara, nas imediações de Morungava, Itacolomi e adjacências. São três ou quatro passarinhos. Até aí tudo bem, mas a sinalização de velocidade máxima da rodovia é um tormento. Ora é 40 Km/H, ora 60Km/h ou 80Km/h. Tudo bem também até aí, mas vai-se a 40, vê a placa dos 80 e poucos metros depois baixa de novo para 40. Armadilha pura. Fique ligado O Jornal do Comércio, com apoio da Manlec, lança a Promoção Fique Ligado no JC. Serão sorteados três DVDs, três TVs 29 polegadas, três videocassetes e três impressoras por mês. Participarão da promoção novos e atuais assinantes do JC desde que estejam em dia com seus pagamentos na data do sorteio. O primeiro sorteio será dia 27 pela Loteria Federal. Miúdas Já está disponível no site do Tribunal de Justiça (www.tj.rs.gov.br) a Revista dos Juizados Especiais. ADVB apresenta hoje às 17h30min o conceito Mostra de Serviços de Marketing e Comunicação. Será dia 24 o Seminário de Manufatura e Suprimentos na Indústria da Mobilidade, do Igea. A convite dos blocos socialista e verde do Parlamento Europeu, a vereadora Helena Bonumá (PT) vai a Bruxelas. Portocred inaugurou nova loja na Andradas l4l5, em frente a Livraria do Globo. Homero Bellini Jr, vice do Grêmio, analisa a situação jurídica de Ronaldinho no almoço da Satergs, sexta na Leopoldina. Grife Carmen Steffens no Iguatemi que ter mais quatro lojas em dois anos. Agência de Gagá Celente mudou de Excelentequatrotraços para Quatrocom. Vai de 11 a 13 no prédio 40 da PUC a Convenção Regional da Ordem Rosacruz. Vesícula de Cid Moreira se foi via videolaparoscópica feita pelo gaúcho Pablo Miguel. Conexão Brasília - Adão Oliveira Na medida em que se afasta do PPS de Ciro Gomes, o PDT, de Brizola se aproxima, em nível regional, do PMDB, de Pedro Simon. Essa aproximação já está em marcha. Nos dois últimos dias, os dois lados escalaram seus interlocutores. As conversas têm ocorrido em caráter reservado e mantém a característica da informalidade. Amanhã, dois representantes dos dois partidos se encontrarão, aí em Porto Alegre. Brevemente, Cézar Schirmer, presidente regional do PMDB, vai ao encontro de Airton Dipp, presidente do diretório regional do PDT para prosseguir uma conversa iniciada na terça-feira. Política é conversa e o resto é conversa. Desilusão O presidente Fernando Henrique Cardoso já percebeu que nenhum de seus prováveis candidatos - José Serra, Paulo Renato, Tasso Jereissati e Pedro Malan - vai conseguir sensibilizar o eleitorado. Ultimamente ele está conversando com outros partidos numa tentativa de criar condições para neutralizar a candidatura de Ciro Gomes. Tudo menos Ciro. Até Lula! Movimento Rola nos bastidores políticos que grandes empresários estão conversando com os patrões da imprensa no sentido de criar uma candidatura "confiável" para a sucessão de Fernando Henrique. Isso não é novidade. Desde o fim da ditadura que ninguém chega ao Palácio do Planalto, e outra meia dúzia de governos estaduais, sem passar pelo crivo dos "papas da comunicação", a começar pelo dr. Roberto Marinho, dono das Organizações Globo. Articulação Com Tancredo Neves foi assim, com Collor de Mello e com Fernando Henrique também foi assim. Todos eles mantiveram seus interlocutores com um link permanentemente aberto com os Marinho, os Frias, os Saad e os Civita, entre outros. Segundo observadores esse movimento ressurgiu e já tem muita gente cruzando os ares em busca de uma articulação política. Simon Tudo indica que Itamar Franco vai mesmo para o PDT. Com isso Pedro Simon disputará a prévia com Jarbas Vasconcellos, o governador de Pernambuco. Vasconcellos é o candidato preferido da cúpula do partido. Estes senhores estão espalhando por aí que a candidatura de Pedro Simon está assustando mais do que a candidatura ligth de Lula. Lula assusta porque pode aplicar mudanças radicais na administração brasileira. Simon porque é ético, honesto. Bases Perguntei ao deputado Nelson Proença, que retorna hoje ao Estado, se ele iria visitar as bases. "Não vou porque não as tenho". Nelson Proença, que migrou para o PPS, pulverizou sua votação, na última eleição, por todo o Estado, mas sua base política era o Alto Taquari. Dançou. Vai ter que começar tudo de novo se pretender se candidatar. Assembléia Não acredito que passe pela cabeça de Antônio Britto se candidatar a uma cadeira à Assembléia Legislativa. Na primeira semana de mandato Britto se entediaria com as coisas menores que envolvem a função de um deputado estadual. As bases praticamente convivem com o seu deputado estadual fazendo pedidos, cobrando... Britto não teria disposição para encarar essa. Nem por sacrifício. O seu desprendimento não será tão grande assim Editorial Racionamento de energia e as teorias de Keynes O Brasil não se livrou dos perigosos apagões, mas muitos compatriotas esquecem de diminuir o consumo de energia, desligando o ar-condicionado, por exemplo, especialmente na região Nordeste. No rastro dos problemas, a crise energética traz o fantasma do aumento das tarifas. Há inadimplência recorde, o pagamento de bônus para quem economizou o estabelecido, as multas aos perdulários e a queda na arrecadação, com a desaceleração da indústria e do comércio. A reforma do setor de geração e distribuição de eletricidade ficou no meio do caminho, os investimentos secaram mais rapidamente que os reservatórios e sobreveio o caos nova-iorquino. Apesar dos pesares, faltam somente dois meses para que possa se afirmar que "o pior já passou". Até lá, todos ainda têm de diminuir o gasto com energia. Afinal, precisamos de vários dias de chuva no final de outubro e início de novembro, no Nordeste e Centro-Oeste, para que as hidrelétricas recuperem o índice de segurança. As represas estão com níveis baixos, algumas, como Emborcação, com 12% de sua capacidade e Três Marias com 17,5%, elas que são fundamentais ao Sistema Furnas. Serra Mesa, a caixa d´água de Tucuruí, está com 12% da capacidade. O racionamento também não deve ser interrompido logo após o início do período de chuvas, sob pena do governo ser obrigado a reeditá-lo em 2002, ano de eleições, aí sim, com total desgaste, muito além do que aquele que tem sofrido. Felizmente, o Brasil tem potencial hidrelétrico de onde pode gerar energia muito barata, US$ 15,00 o megawatt, e que pagam os investimentos necessários. Com a crise, o governo fez a opção emergencial pela geração em termelétricas. No entanto, a diversificação é o caminho, embora a matriz sempre seja sustentada pelos mananciais hídricos. Existe um emaranhado de regras, sistemas e interligações, públicas e particulares, que faz com que se aperte um botão aqui e haja uma explosão acolá. Co-geração, Pequenas Centrais Hidrelétricas, energia eólica e a produzida com biomassa são fontes que não podem ser esquecidas, pelo menor custo. Se o esforço de poupança continuar até o início de 2002, teremos, depois, a ajuda da memória da racionalização, com o que a população manterá redução de até 10% do que gastava antes, por mais um ano. Ao fim e ao cabo das dificuldades, estamos com defasagem de 20% nas tarifas de eletricidade, por causa do dólar, fatura que será remetida ao consumidor agora ou no ano que vem, mais cara. Para os amantes das leis de mercado, que tudo resolvem, está aí uma prova de que cabe sim ao estado ter poderes de intervenção, como na crise energética. John Maynard Keynes, o grande teórico da economia, disse, e isso se confirma cotidianamente, que o ser humano é imprevisível. Por mais que os economistas tentem adivinhar para onde vão as coisas, ninguém sabe, com certeza, o que o futuro nos reserva. Ele sentenciou que as leis de mercado, por si só, não resolvem tudo, nem criam maneiras de fazer crescer a economia de um país. Pois o neoliberalismo e a onda de privatizações dos anos 80/90 pareciam soterrar as teorias do lorde inglês. Porém, os fatos são argumentos irrefutáveis. Assim como a falta de energia no Brasil, os atentados nos EUA provam que o poder público tem papel importante no ordenamento econômico social. Os EUA injetarão US$ 100 bilhões para reativar os negócios, derrubaram os juros ao menor patamar nos últimos 39 anos, as empresas aéreas recebem dinheiro do Tesouro, lá, na Europa e na Ásia. Ou seja, é importante deixar o governo fora da economia, desde que não estejamos numa crise como a atual, que não falte energia, que não existam terroristas, guerras, especulação cambial, inflação e tudo o mais com que a caixa de pandorra nos possa surpreender. Topo da página

10/04/2001


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