Governo manifesta grande satisfação por adoção de projeto brasileiro sobre privacidade digital pela ONU
O Plenário da Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (18), o projeto de resolução “O Direito à Privacidade na Era Digital” apresentado por Brasil e Alemanha. O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, afirmou em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (19), que a adoção da proposta representa um marco importante para as relações entre os Estados, por ser o começo de um debate sobre os direitos do cidadão em uma nova época.
“Essa resolução e sua aprovação por consenso representa um marco muito importante em toda uma agenda nova que se abre para as relações entre os Estados, porque é o começo de um debate muito sério sobre os direitos do cidadão em uma nova época – uma época em que as comunicações são amplas, abertas, imediatas – em que meios novos de comunicação requerem um olhar cuidadoso para que os direitos dos indivíduos, das empresas, dos Estados, sejam devidamente respeitados e protegidos. Esse é o grande significado dessa resolução adotada consensualmente pela Assembleia-Geral da ONU, e que traz pontos muito importantes”, afirmou o ministro.
O documento convoca os Estados-membros da ONU a respeitar e assegurar o respeito à privacidade e determina que os cidadãos não podem ser submetidos a ingerências arbitrárias ou ilegais em sua vida privada, em sua família, em seu domicílio ou em sua correspondência. No dia 6 de outubro, a presidenta Dilma Rousseff anunciou que o projeto do Marco Civil da Internet no Brasil seria o ponto de partida para a proposta encaminhada ao organismo internacional.
Durante discurso de abertura da 68ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, no dia 24 de setembro, Dilma defendeu o estabelecimento de um Marco Civil multilateral para a governança e uso da internet e de medidas que garantam uma efetiva proteção dos dados. A presidenta propôs, na ocasião, a implementação de mecanismos capazes de garantir os seguintes princípios: Liberdade de expressão, privacidade do individuo e respeito aos direitos humanos; Governança democrática, multilateral e aberta; Universalidade que assegura o desenvolvimento social e humano e a construção de sociedades inclusivas e não discriminatórias; Diversidade cultural, sem imposição de crenças, costumes e valores; e neutralidade da rede, ao respeitar apenas critérios técnicos e éticos, tornando inadmissível restrição por motivos políticos, comerciais e religiosos. Reveja o discurso da presidenta.
20/12/2013 10:04
Artigos Relacionados
Durval manifesta satisfação pela eleição de ACM Neto
Paim manifesta satisfação com primeira audiência sobre violência
Cristiane Torloni manifesta a Garibaldi satisfação da classe artística com projeto que limita venda de meia-entrada
Governo brasileiro ainda não decidiu sobre modelo de radiodifusão digital, diz Paulo Bernardo
Presidente do TSE manifesta satisfação com lisura das eleições
Capiberibe manifesta satisfação com posição brasileira na OMC