Governo Olívio atrasa salário mínimo e não aceitou opinião de trabalhadores



No dia em que foi protocolado na Assembléia Legislativa o projeto de fixação do salário mínimo regional para o Rio Grande do Sul, o deputado Jair Foscarini (PMDB) criticou o Governo Olívio Dutra por ter atrasado a medida em mais de um ano e só apresentá-la agora, sem discussão com a sociedade, “quando o PT começa a discutir a campanha eleitoral do ano que vem,e se vai tentar a reeleição de Olívio ou apresentará outro nome mais competente”. " Somos à favor do mínimo regional, tanto que em abril do ano passado, quando o Congresso Nacional ainda apreciava o projeto de lei do Presidente da República que acabou aprovado dando este poder aos Estados, propusemos na Comissão de Economia da Assembléia a discussão da sua aplicação no Rio Grande. Porém, o Governo Olívio não admitiu o debate. Os petistas alegaram que não era admissível um piso diferenciado e que apenas alguns estados seriam beneficiados. O que mudou agora? Economicamente nada, mas o PT encontrou uma manobra eleitoreira para tirar benefícios em 2002. Na verdade, o Governo ao apresentar seu projeto neste momento, apenas atrasou os benefícios que o salário regional já poderia ter trazido e, mais uma vez, deixou a sociedade totalmente da fora do debate, o que é lamentável", afirmou o deputado Jair Foscarini. Confirmando a confusão que o Governo causou ao negar e, depois, apresentar o projeto de salário mínimo regional, o deputado Foscarini tem recebido mensagens de representantes de trabalhadores e de empresários, criticando a condução que o PT imprimiu ao projeto. " O Sindicato das Indústrias de Três Coroas, por exemplo, emitiu nota manifestando sua inconformidade com o tratamento da matéria depois da reunião setorial, há uma semana, onde o secretário Tarcísio Zimmermann garantiu que o piso seria de R$ 300,00. Isso demonstra que nem o secretário foi ouvido para a elaboração do projeto que apresenta o piso de R$ 235,00 para o setor calçadista. Excluídos, como todos, do debate, os empresários temem que o piso afete aumente os custos e provoque a perda de competitividade das empresas que tenderão a migrar para outros estados em busca de mão de obra mais barata. É um absurdo que um governo trate desta forma um assunto tão sério como o salário mínimo, sem considerar empresários e trabalhadores. Caberá à Assembléia Legislativa tomar providências para garantir o tratamento democrático que o Governo Olívio nega ao salário mínimo regional", concluiu Jair Foscarini.

05/16/2001


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