Governo quer acabar com desigualdade regional na prevenção ao câncer de mama



O governo federal está trabalhando para diminuir as desigualdades regionais nas ações de prevenção e combate ao câncer de mama. No último dia 23 março, a presidenta Dilma Rousseff lançou em Manaus (AM) o Programa de Fortalecimento da Rede de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de Mama. 

No programa Brasileiras, edição especial do Brasil em Pauta, transmitido nesta sexta-feira (15) pela NBR TV, o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, falou sobre as ações do governo federal no atendimento de saúde à mulher brasileira.

O secretário disse que o governo desenvolveu uma força-tarefa, na qual fazem parte o Ministério da Saúde, estados, municípios, vigilância sanitária e Instituto Nacional do Câncer (Inca), para vistoriar os mamógrafos no País. Ele informou ainda que, atualmente, existem no Brasil pouco mais de 4 mil mamógrafos, sendo cerca de 2 mil do Sistema Único de Saúde (SUS), e metade destes opera abaixo da capacidade.

“Nós estamos fazendo uma força-tarefa pra vistoriar os mamógrafos e colocá-los para funcionar. Desta forma, além de incrementar outros, melhorar os existentes e colocá-los mais modernos, nós vamos dar um impacto muito positivo para essa área”, frisou Magalhães.

O Ministério da Saúde vai investir R$ 4,5 bilhões em prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama e de colo de útero. Os recursos, que compõem a Política Nacional de Atenção Oncológica, serão aplicados, até 2014 no fortalecimento da atenção primária e da rede ambulatorial e hospitalar do SUS, além de campanhas de informação e conscientização à sociedade. Dentre esses recursos, cerca de R$ 176,26 serão destinados a ações de prevenção de câncer de mama e R$ 85,4 milhões de colo de útero.

Outro ponto abordado por Helvécio Magalhães foi o programa Rede Cegonha, que contará com R$ 9,397 bilhões para investimentos até 2014. Estes recursos serão aplicados na construção de uma rede de cuidados primários à mulher e à criança. De acordo com o Ministério da Saúde, os quase R$ 9,4 bilhões serão investidos em toda a rede de serviços, que devem assumir o cuidado à gestante e à criança, desde o pré-natal até os dois anos de idade: começa pela unidade básica de saúde, passa pelos exames de pré-natal e pelo transporte seguro, até o parto nos leitos maternos do SUS.

Estimativas apontam que o Brasil tem cerca de três milhões de gestantes, sendo que mais de dois milhões são assistidas exclusivamente pelo SUS. O objetivo é implementar as ações inseridas na Rede Cegonha em todo País, a partir da adesão dos municípios, que, de acordo com as diretrizes do SUS, são os responsáveis diretos pela oferta das ações de saúde à população. Inicialmente, o cronograma de implantação da rede priorizará as regiões da Amazônia Legal e Nordeste, que têm os mais altos índices de mortalidade materna e infantil, e as regiões metropolitanas, envolvendo a maior concentração de gestantes.


Fonte:
Blog do Planalto

 

15/04/2011 17:26


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