Governo quer ampliar investimento em ciência e tecnologia para 1,8% do PIB até 2015



O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, afirmou na terça-feira (20) que a meta do governo é ampliar o investimento do País no setor para 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2015.

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Para isso, a expectativa é dobrar a participação do setor privado, já que, atualmente o investimento é liderado pelo setor público, com 0,61%, enquanto as empresas investem 0,55%.

Em coletiva à imprensa para comentar o manifesto publicado por entidades representativas da indústria brasileira e da comunidade científica preocupadas com a redução de recursos para a pasta, o ministro disse que as empresas precisam ser mais protagonistas e investir mais.

Durante o encontro, os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação, Aloizio Mercadante (que respondeu pela pasta até janeiro deste ano), saudaram o manifesto e sustentaram a importância do debate para estimular a inovação no País. 

Ao explicar o corte de 23% no orçamento do ministério neste ano (de R$ 6,7 bilhões para R$ 5,2 bilhões), Raupp esclareceu que o montante não reflete a totalidade aplicada em ciência, tecnologia e inovação. Ele citou, como exemplos não contabilizados, os recursos para crédito oferecidos às empresas por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao MCTI, e os investimentos no programa Ciência sem Fronteiras, entre outros. 

 

Promoção da inovação

Segundo Raupp, a política pública de estímulo à inovação tem mecanismos para ajudar as empresas a serem protagonistas. “A Finep executou R$ 4,7 bilhões no ano passado, beneficiando muitas empresas, e neste ano tem a previsão de investir R$ 6 bilhões. Isso tem que ser também contabilizado como esforço do governo para promover a inovação.” 

Os ministros apontaram a realidade de outros países desenvolvidos, onde, diferentemente do Brasil, o setor privado é responsável por dois terços dos investimentos em ciência e tecnologia. “Esse é um quadro que tem que mudar. Nós queremos que a inovação mude a sociedade e a competitividade das empresas, do setor produtivo. Isso é um esforço de toda a sociedade e não é só do governo”, concluiu o ministro.

Já o ministro da Educação, Mercadante, ressaltou a inclusão da inovação na agenda empresarial e governamental. Lembrou, como exemplo, da inclusão do termo Inovação no nome do Ministério da Ciência e Tecnologia, e da incorporação de ciência, tecnologia e inovação ao Plano Plurianual (PPA) como prioridade estratégica nos programas de governo. 

 

Mudança

“O Brasil mudou para melhor. A pauta na relação entre governo e empresários mudou para melhor”, afirmou Mercadante, que comentou o novo marco legal e instrumentos disponíveis, desde 2003, para incentivar a inovação, além das articulações para a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). 

“Nós precisamos de parceria entre estado e setor privado, precisamos de crédito e incentivos fiscais, mas precisamos de uma determinação empresarial de compromisso com a inovação. O Movimento Empresarial pela Inovação (MEI) da Confederação Nacional da Indústria é um passo muito importante nesta direção”, avaliou ele.

 

Fonte:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação



21/03/2012 15:12


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