Governo quer mobilizar cidades-sede para garantir investimentos durante Copa de 2014
O governo federal quer mobilizar as cidades-sede para garantir que a realização do Mundial da Fifa de 2014 no Brasil renda negócios, atraia investimentos e amplie a pauta de exportações brasileiras. Além das compras diretas que serão feitas para atender as obras de infraestrutura, como construção e reforma de estádios e aeroportos, o governo está de olho nas oportunidades indiretas decorrentes do consumo de turistas brasileiros e estrangeiros, que vai movimentar o comércio e o setor de serviços.
As indústrias têxtil, alimentícia e da moda, por exemplo, devem se preparar para suprir a demanda estimada de 600 mil visitantes de outros países. Outros três milhões de turistas brasileiros devem circular pelo País durante a Copa.
De acordo com a Secretaria de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Mundial da Fifa também oferece a oportunidade de novos negócios, envolvendo produtos regionais, como artesanato, cosméticos e cachaça.
“Com a Copa, podemos ampliar nossa pauta de exportações e tirar proveito deste evento esportivo. Precisamos mobilizar as cidades-sede para usar os instrumentos que o governo federal dispõe para gerar negócios”, explicou Marcos Vinícius de Souza, coordenador da Câmara Temática de Promoção Comercial e Tecnológica que se reuniu na quinta-feira (5), em Brasília.
Segundo ele, bancos regionais de fomento, como o Banco do Nordeste, podem integrar o grupo para apoiar empreendimentos interessados nas oportunidades de negócios oferecidas pela Copa de 2014. Os municípios também podem fazer a sua parte, como Fortaleza, que, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, enviou à Câmara Municipal um projeto de lei que reduz a burocracia para abertura de empresas. O que demorava 60 dias para ser feito, poderá ser resolvido em um só dia.
Marcos Vinícius também alerta para a necessidade de as cidades-sede mapearem os investimentos necessários nas obras de infraestrutura que estão sendo feitas para atender aos eventos da Copa. Ele explica que há uma “demanda mundial” que pode significar bons negócios para o Brasil com contrapartidas para os municípios.
“Num estádio, por exemplo, há uma demanda por softwares, equipamentos, cabos, fios que pode ser negociada em blocos com a exigência de benefícios para a região”, ressaltou.
A parceria com as cidades-sede é, no entanto, fundamental para garantir que a realização da Copa do Mundo no Brasil se converta em bons negócios. Para o coordenador das Câmaras Temáticas, Joel Benin, mobilizar o Brasil é questão-chave. “E a Copa é uma excelente oportunidade de mostrar para o mundo o que o Brasil tem”, disse.
Fonte:
Ministério do Esporte
06/05/2011 16:10
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