Graça Foster alega não possuir autoridade para opinar sobre adiamento de leilão



Questionada sobre a conveniência do adiamento da disputa pela exploração do campo de Libra, a primeira área do petróleo do pré-sal a ser leiloada sob o sistema de partilha, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou, em audiência pública encerrada há pouco, que esse tema está fora de sua competência. Além disso, salientou que não conhece as informações que levaram o governo a se decidir pela oferta da área, cujo leilão está marcado para o dia 21 de outubro.

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Graça Foster também justificou comentário anterior que havia feito sobre o assunto, quando defendeu que o leilão fosse mantido. Segundo ela, sua resposta ocorreu durante uma abordagem repentina de uma jornalista. De forma automática, ela disse que apenas repetiu declaração anterior do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, de que o leilão não seria adiado.

- Eu simplesmente segui ali o que pouco antes havia sido dito pelo ministro Lobão, mas eu não tenho autoridade para chegar e dizer que tem que manter o prazo ou não tem que manter o prazo – afirmou.

Ela admitiu que dentro da companhia exista o “sentimento” de que, por ter feito todos os investimentos de pesquisa das reservas, a estatal deveria também assumir totalmente a exploração.

Depois de afirmar que a Petrobras tem capacidade técnica e operacional para esse desafio, reconheceu, porém, que as condições econômico-financeiras da companhia, nesse momento, não permitem que ela banque sozinha o bônus exigido, da ordem de R$ 15 bilhões.

- Como presidente da companhia, me cabe trabalhar ao máximo para que, dentro das regras do edital, a gente possa chegar ao melhor resultado dentro de um consórcio que convenha à Petrobras – disse.

A audiência tratou da confiabilidade dos sistemas de segurança da Petrobras diante das denúncias de que a empresa foi alvo de espionagem do governo norte americano. A reunião foi uma realização conjunta da CPI da Espionagem com as Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).



18/09/2013

Agência Senado


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