Gratificação do risco de vida dos servidores da Segurança gera debate



Mesmo aprovado por unanimidade, o projeto de lei do Executivo que estabelece a paridade no pagamento de adicionais, principalmente o de risco de vida, que beneficiam os delegados e comissários de política, oficiais da Brigada Militar, com os servidores da BM, Polícia e Superintendência dos Serviços Penitenciários, houve debate na discussão e encaminhamento de votação da matéria. O líder do governo, deputado Ivar Pavan (PT), disse que com essa equiparação, o atual Governo confirma sua política salarial de distribuir renda para crescer. “Estamos convencidos de que é preciso distribuir para crescer, inclusive nos salários, não somente concentrar capital e salários. Essa política tem-se revelado correta, tanto que o Rio Grande do Sul é o Estado brasileiro que mais cresce economicamente, que mais gera empregos, que tem os melhores indicadores sociais e o único Estado que contrata servidores e ainda reajusta salários”. O deputado Luís Augusto Lara (PTB) afirmou que ao contrário do que dizem os líderes da situação o Governo não está, de livre e espontânea vontade, concedendo benesses aos servidores da segurança. “O que está sendo apresentada aqui é a proposta de parcelamento de uma lei que não é cumprida desde 1995. E o Governo que quiser ter boa vontade com esse setor deve dar condições de moradia e de trabalho aos seus servidores, sem sucateá-los como ocorre atualmente, quando há falta de equipamentos, de gasolina e de uma proposta de melhoria salarial”. O líder partidário do PMDB, deputado Mário Bernd, apresentou dados fornecidos pelo líder da sua bancada, João Osório, dando conta de que “os cabos e soldados da BM tiveram um reajuste de 117% durante o governo Britto, para uma inflação real, no período, de 38%”. Disse que ao propor a melhoria da remuneração no ano passado o governo Olívio Dutra “deu um reajuste de 3% e, agora, em seu terceiro ano de mandato, quando efetuar o cumprimento do percentual de 23% correspondente à Lei do Risco de Vida, isso resultará em apenas 25% de reajuste para as categorias, percentual muito inferior à inflação registrada no período”.

06/27/2001


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