Greenwald diz que espionagem dá vantagens comerciais e industriais aos Estados Unidos



O colunista Glenn Greenwald, do jornal britânico The Guardian,  segue em audiência pública com os integrantes da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). Para ele, o país que oferecer asilo ao ex-técnico da agência de segurança americana (NSA) Edward Snowden terá acesso a informações confidenciais em poder do americano, atualmente em refúgio provisório na Rússia.

Greenwald foi o responsável por publicar as revelações de Snowden sobre os programas secretos americanos de interceptação de dados eletrônicos e telefônicos em todo o mundo. Snowden é acusado de traição pelo governo americano.

O jornalista afirmou que, para espionar cidadãos americanos, “é necessário pedir autorização judicial, mas, para outros países e pessoas, não”. Além disso, Greenwald disse que 70 mil pessoas trabalham no serviço de espionagem dos Estados Unidos.

Vantagens comerciais e industriais

O colunista disse que o NSA pede qualquer comunicação, e as empresas de telefonia e internet - Google, Microsoft, Apple etc - fornecem essas comunicações sem qualquer questionamento.

Ele ressaltou que um dos riscos é de que não há controle sobre os funcionários que fazem a espionagem e também sobre o que eles podem fazer com as informações sensíveis a que têm acesso. O jornalista disse ainda que os EUA não usam essas informações só para se proteger do terrorismo, mas também para obter vantagens comerciais e industriais.

A sessão, conjunta da Câmara dos Deputados e Senado Federal, é presidida pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da CRE e um dos autores do requerimento que convidou Greenwald a falar ao Senado. O colunista já revelou que há documentos com informações ainda mais “explosivas” sobre o esquema de espionagem, mas que só serão reveladas caso aconteça algo a Snowden.

A audiência pública acontece na sala 7 da ala Senador Alexandre Costa.

Mais informações a seguir. (Com Agência Câmara)



06/08/2013

Agência Senado


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