Hartung aponta falta de política ambiental no país



Ao registrar o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado na última terça-feira, o senador Paulo Hartung (PPS-ES) disse que as ações políticas em defesa da preservação ambiental ainda são muito restritas, sendo as entidades não-governamentais e segmentos da sociedade civil os responsáveis por mobilizações importantes. Os governos, conforme o senador, devem punir os crimes ambientais, desenvolver políticas de saneamento e engajar os órgãos públicos em programas voltados para o setor. Ao Congresso, acrescentou, cabe priorizar a discussão de projetos de lei relativos à questão.

O senador citou reportagem recente da revista Veja, em que o Brasil foi considerado uma vitrine da devastação ambiental por ter perdido 93% da Mata Atlântica, 50% do Cerrado e 15% da Floresta Amazônica. Os dados publicados, acrescentou Hartung, mostraram que 30 bilhões de toneladas de lixo são despejados na natureza anualmente e que a falta de água já atinge 1,2 bilhão de pessoas no planeta.

Hartung lamentou ainda a recusa do presidente norte-americano, George W. Bush, de assinar o Protocolo de Kyoto, documento assinado por 168 países, comprometendo-se a reduzir o lançamento de dióxido de carbono na atmosfera.

O senador enfatizou que a questão ambiental não se limita à preservação da flora e da fauna, mas refere-se também à poluição ambiental, aos rejeitos industriais que são lançados na natureza sem cuidados sanitários, à reciclagem do lixo, à destinação dos resíduos sólidos, aos vazamentos acidentais de óleo, à utilização indiscriminada de queimadas para o plantio agrícola e ao desperdício de recursos naturais.


08/06/2001

Agência Senado


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