Heráclito atribui crise do gás a falta de investimentos no setor
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerra a sua atual gestão deixando o Brasil à beira do "apagão" do gás natural. Foi o que disse o senador Heráclito Fortes (PFL-PI), nesta terça-feira (9), citando artigo publicado no blog do professor Adriano Pires, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para o senador, o governo deveria ter investido em alternativas que reduzissem a dependência brasileira com relação ao gás boliviano.
- A Petrobras não construiu um metro de gasoduto no governo Lula nem produziu um metro cúbico de gás nos novos campos que já haviam sido descobertos - afirmou.
De acordo com Heráclito, o Brasil consome atualmente 50 milhões de metros cúbicos por dia, metade deles proveniente da Bolívia. O senador afirmou que, com investimentos da Petrobras na produção de gás natural nas bacias de Peruá-Cangoá (ES), Mexilhão (SP) e Manati (BA), seria possível obter, inicialmente, cerca de 16 milhões de metros cúbicos diários de gás. Também foi sugerida a importação de gás natural liquefeito (GNL), que, podendo ser transportado em navios, seria comprado de outros países.
Em aparte, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) afirmou que a o projeto da chamada Lei do Gás (PLS 226/05), de autoria do senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA) poderá ajudar o Brasil a buscar a sua autonomia nesse produto. Leonel Pavan (PSDB-SC) cobrou do governo a defesa do capital brasileiro, pedindo reação mais dura à ocupação das instalações da Petrobras por militares bolivianos. O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse que a Petrobras "é um ralo de dinheiro para sustentar o PT".
09/05/2006
Agência Senado
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