Heráclito comenta entrevista de Paulo César Caju sobre uso de drogas



O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) comentou, nesta segunda-feira (9), entrevista televisiva do ex-jogador de futebol Paulo César Caju, em que ele relatou seu envolvimento com drogas, as dificuldades que enfrentou e a ajuda que recebeu de várias pessoas para superar o problema. Heráclito elogiou a atitude do também ex-jogador do Flamengo Cláudio Adão e de sua esposa, Paula Barreto, que levaram Paulo César Caju para sua própria casa e, no convívio com a família, mantiveram o jogador longe das drogas.

- Imagine qualquer um de nós aqui, com toda sinceridade, fazer o que eles fizeram. Com filhos para criar, levaram Paulo César Caju para dentro de casa. Chamaram os filhos, explicaram a situação e a necessidade da convivência com Paulo César em casa. Imagine a coragem, até porque existe sempre aquele preconceito da convivência do drogado com um filho seu. Até por proteção você faz isso. Pois eles tiveram a determinação e a coragem. O Paulo morou com eles por cerca de três ou quatro meses, num processo difícil - relatou.

Heráclito disse também que Paulo César Caju ainda citou a ajuda que recebeu do tri-campeão mundial Rivelino e dos treinadores Zagalo e Parreira. Além disso, o jogador ressaltou a força e a firmeza da sua atual esposa, reconhecendo a influência positiva que ela exerceu sobre ele. O senador sugeriu que o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), senador Paulo Paim (PT-RS), convidasse Paulo César Caju para proferir uma palestra ou participar de uma audiência pública para dar seu testemunho.

Paim concordou de imediato e disse que apresentará requerimento na próxima semana convidando Caju. O parlamentar revelou receber milhares de pedidos de orientação sobre o problema, além de muitas denúncias na CDH. Disse ainda ouvir muitas pessoas afirmarem que o vício é irreversível.

- Ali ficou comprovado, mais uma vez, que quando há a solidariedade e o apoio dos familiares e colegas, é possível ultrapassar essa barreira da dependência química - afirmou.

O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) disse que a história o fez lembrar-se da ajuda que Garrincha recebeu de Nilton Santos, que atuou como pai e protetor do jogador. Ele assinalou que o futebol é um esporte que, muito rapidamente, leva alguns atletas da fama ao ostracismo. O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) salientou a realidade das drogas pela qual muitos brasileiros passam e disse que a história de Paulo César Caju serve como exemplo de solidariedade para que a sociedade estenda a mão para todos os drogados desesperançados que sofrem com seu vício.

- É possível se recuperar, sim, com muito amor, muito carinho e muita dedicação - concluiu Papaléo.

09/06/2008

Agência Senado


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