Heráclito critica sugestões feitas a Lula, divulgadas por jornalista



Citando a coluna na Internet do jornalista Tão Gomes Pinto, o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) sugeriu nesta quinta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que deixe as questões familiares fora do debate desta quinta-feira (28) entre os candidatos à Presidência da República, organizado pela TV Globo. Para Heráclito, a coluna revela a "molecagem" que os assessores de Lula pretendem levar ao debate.

De acordo com o jornalista citado pelo senador, Lula fez uma votação entre assessores para decidir se iria ou não ao debate. A decisão pela ida ganhou por um voto e os assessores que prevaleceram na votação deram ao presidente Lula sugestões de respostas para perguntas sobre escândalos envolvendo o governo, incluindo assessores diretos. Entre esses estão ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci; o chefe de Gabinete, Gilberto Carvalho; o ex-presidente da Infraero, Carlos Wilson; e o ministro da Educação, Fernando Haddad.

Heráclito leu parte da coluna em que os assessores sugerem que Lula responda "distraído" a pergunta de Alckmin sobre como o presidente não sabia o que estava acontecendo no gabinete ao lado do seu. " 'Geraldo (chame ele sempre de Geraldo), e você que não sabia o que estava acontecendo dentro do seu guarda-roupa?' As deduções, as insinuações, as maldades inevitáveis, ficam por conta do telespectador", citou.

- Acho que esse não é o melhor caminho. E se o candidato Alckmin perguntar onde o Lulinha colocou o dinheirão que recebeu da Telemar? Armários não guardam apenas roupas. Às vezes, têm cofres também - alertou.

Além das sugestões de tratamento em relação a Alckmin, o senador ainda leu críticas feitas aos candidatos Cristovam Buarque e Heloísa Helena.

- Com conselheiros como esses, onde é que o presidente vai parar? Aconselho Lula a jogar as sugestões desse Politburo [agência política do Partido Comunista na antiga União Soviética] no lixo, porque eles não gostam do presidente. Esse tipo de sugestão se dá aos inimigos - assinalou.

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse, em aparte, que o advogado da coligação PSDB-PFL entrou com pedido de informações junto ao Banco Central (BC) sobre as providências tomadas para rastrear o dinheiro que seria utilizado por petistas para comprar um dossiê para prejudicar as candidaturas de Geraldo Alckmin e José Serra. Ele anunciou que também foi encaminhado ao ministro César Rocha, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um pedido de quebra de sigilo bancário de pessoas e instituições envolvidas no caso.

28/09/2006

Agência Senado


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