Heráclito cumprimenta ex-governador de SC por ter renunciado ao cargo para concorrer à reeleição



O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) cumprimentou, nesta quinta-feira (6), o ex-governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), que entregou sua carta-renúncia para concorrer à reeleição. Luiz Henrique disputará o governo do estado tendo como vice na chapa o senador Leonel Pavan (PSDB-SC).

- Foi um gesto de coerência, pois Luiz Henrique sempre se mostrou preocupado com o uso da máquina administrativa durante a campanha pela reeleição. Merece registro, pois é prova de coragem e de desprendimento - disse.

Heráclito saudou a trajetória política de Luiz Henrique, que foi deputado estadual, deputado federal, ministro da Ciência e Tecnologia, presidente nacional do PMDB e prefeito de Joinville por duas vezes.

Em aparte, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) enalteceu o exemplo que confere a todo país o ex-governador Luiz Henrique.

- Estamos condenando a instituição da reeleição exatamente em função dos abusos praticados por aqueles que, detentores do poder, lamentavelmente usam a máquina pública na busca de seus interesses eleitorais. Luiz Henrique mostra que poderíamos conviver com a reeleição, sim, se essa fosse a prática. Mas, se não houver um aprimoramento do sistema, é melhor que se acabe com este instituto - disse, acrescentando que o assunto deve ser discutido pelo Congresso.

Heráclito criticou o PT, que, segundo ele, ao contrário de Luiz Henrique, "não tem nenhum compromisso com a coerência".

- Se fosse coerente, o PT teria feito no Brasil inteiro o que o ex-governador de Santa Catarina fez. Mas o que o partido dizia quando era oposição não tem nada a ver com o que faz hoje no poder - disse.

O senador também comentou o fato de a declaração de previsão de gastos do PT ter aumentado muito nestas eleições em relação às passadas.

- Parece que vai ser mais difícil usar o 'caixa dois'. Mas o que mudou? O partido ficou rico? É preciso atentar para isso - frisou o parlamentar, acrescentando que, nesta campanha, as despesas deveriam ser menores, já que, com as mudanças introduzidas pela nova legislação eleitoral, não serão mais permitidos os comícios nem a distribuição de brindes, por exemplo.

06/07/2006

Agência Senado


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