Heráclito destaca que voto no Nordeste ainda não está definido



Os eleitores do Nordeste estão desconfiados, preocupados, observando todos os passos dos candidatos e o que vem ocorrendo nos últimos dias e ainda não têm escolha definitiva para a Presidência da República. Essa é a impressão do senador Heráclito Fortes (PFL-PI), obtida depois de visitas aos estados da região no último mês ao lado do senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).

Em discurso nesta sexta-feira (1º), Heráclito disse que observou um modo peculiar de escolha dos eleitores, que somente na última etapa da corrida eleitoral preocupam-se com os candidatos à Presidência e ao Senado. O senador destacou, no entanto, que a população está atentapara os "desencontros entre o que o governo anuncia e o que realmente acontece".

- Estamos na reta final da campanha, o eleitor ficará mais atento, com senso crítico maior, porque está chegando a hora mais importante para a afirmação de sua soberania - disse.

Heráclito afirmou que o crescimento irrisório do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2006 "é uma ducha de água fria naquilo que o atual presidente vem pregando", pois fortalece a posição do Brasil como a de pior crescimento de toda a América Latina. O senador também lamentou a ameaça de demissão de trabalhadores da fábrica da Volkswagen de São Bernardo do Campo (SP) e criticou a posição do governo em relação à negociação do empréstimo que seria concedido à montadora pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

- Mais uma vez, o governo resolve fechar a porta depois do fato consumado. O empréstimo anunciado e que será cortado o será apenas em parte. O processo todo já teve início e parcelas desses recursos já foram liberadas, segundo a imprensa. Falta negociação - destacou.

Heráclito também pediu a publicação, nos anais do Senado, de uma série de perguntas elaboradas por jornalistas para um debate do jornal O Globo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que não foram respondidas. As questões giram em torno de comparações entre as promessas do candidato Lula em 2002 e de suas ações na Presidência, passando pela polêmica que envolveu uma parte da classe artística ao defender o presidente Lula esta semana e o baixo crescimento do PIB brasileiro.

O senador também ressaltou o recente apoio obtido pelo presidente Lula e que, na sua avaliação, deve causar constrangimentos: o do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que sofreu um processo de impeachment.



01/09/2006

Agência Senado


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