Heráclito Fortes repudia nota de associação de ONGs



O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) repudiou em Plenário nesta segunda-feira (5) nota da Associação Brasileira das Organizações Não Governamentais (Abong), distribuída à imprensa, questionando a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar essas entidades, a chamada CPI das ONGs.

- Uma ONG dá-se ao direito de questionar uma decisão do Senado que tem assinatura de 70 dos 81 senadores da Casa - reclamou o parlamentar. Ele também questionou a legitimidade da associação que, segundo ele, conta com apenas 280 associados, num universo de 200 mil organizações.

Para o senador, a reclamação sobre o período de investigação da comissão estar restrito a acontecimentos ocorridos desde 2003 não procede, uma vez que, a pedido do Partido dos Trabalhadores,esse período foi estendido.

O representante pelo Piauí rechaçou também a alegação da associação, de que haveria uma disputa político-partidária por trás da criação da CPI.

- Pelo contrário, deixamos de instalá-la no ano passado justamente para não dar conotação política, uma vez que havia denúncias envolvendo familiares do presidente da República. Fizemos um acordo para a instalação este ano, com mais tranqüilidade e seriedade - argumentou o senador.

O objetivo da CPI, explicou Heráclito, é separar as ONGs que trabalham com seriedade daquelas que estariam envolvidas em irregularidades. O senador considerou urgente a instalação da comissão, no que foi apoiado pelo líder do PFL, José Agripino (RN).



05/03/2007

Agência Senado


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