Horácio Piva leva a Sarney preocupação com reforma tributária



Ao sair de audiência com o presidente do Senado, José Sarney, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Horácio Lafer Piva, disse que o senador está convencido de que a Casa terá um papel relevante na definição da reforma tributária e que funcionará como um protagonista de fato e não como coadjuvante.

- Exatamente por isso ele me deu a visão otimista de que temos um caminho a percorrer juntos, em benefício não apenas da produção, mas do Brasil - disse Piva, ao final da audiência.

O presidente da Fiesp não quis se manifestar sobre o texto em deliberação na Câmara, dizendo que prefere já ir trabalhando junto aos senadores para explicar o que considera melhor para o país.

- A impressão que tenho é que, no Senado, vai se abrir uma nova fase de avaliações, com o aprofundamento daqueles pontos que certamente são importantes entre os vários atores econômicos e que não foram contemplados na primeira fase da votação - disse.

Piva disse ainda que sua preocupação é expor as posições e as demandas do empresariado perante os senadores, oferecendo sugestões nessa fase de discussões que vai se iniciar no Senado. Ele afirmou que, do ponto de vista da Fiesp, essencial é a desoneração dos investimentos.

- Nós precisamos avançar no detalhamento do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços]; ver de que maneira podemos construir uma legislação que não aumente a carga sobre a sociedade, que já está muito alta; e ver de que forma acabamos com esses impostos em cascata, idéia que é uma invenção brasileira e que hoje em dia tira muita competitividade de um país que não tem como fronteira o Oiapoque ou o Chuí, mas goza de uma inserção global competitiva - disse.

Horácio Piva disse ainda que, do ponto de vista conceitual, a reforma tributária tem sentido, porém -o diabo mora nos detalhes-. A proposta que foi enviada pelo Executivo e trabalhada nessas últimas semanas na Câmara, no seu entender, ainda expõe muita fragilidade.

- É uma proposta que lida bem com os entes governamentais mas se esquece muito da produção. Nós precisamos e podemos melhorá-la - afirmou.



02/09/2003

Agência Senado


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