Hugo Napoleão faz seu relato da 3ª Cúpula das Américas
Nesse mercado, Hugo Napoleão constatou que seu estado, o Piauí, poderá ser beneficiado com a exportação de frutas como manga e limão, hoje bem aceitas nos Estados Unidos e Europa. Ele disse que, ao ser apresentado ao primeiro-ministro canadense, Jean Chrétien, falou sobre a economia piauiense e pôde testemunhar que, apesar do conflito diplomático enfrentado recentemente pelo Brasil e o Canadá, os chefes de governo dos dois países se dão muito bem.
Em seu relato, o senador contou que, a convite do chanceler Celso Lafer, participou com o senador Pedro Piva (PSDB-SP) de reunião com congressistas norte-americanos para discutir o andamento da Alca.
- Notei que os republicanos estão mais acelerados, mais desejosos, e os democratas mais hesitantes. Os sindicatos americanos são totalmente contrários, pois têm medo da evasão do mercado de trabalho dos Estados Unidos para outros países. Por isso, seguram um pouco - disse o senador.
Hugo Napoleão também observou que, no Brasil, setores como indústria têxtil, de sapatos, celulose, agricultura e siderúrgica são extremamente favoráveis à consolidação da Alca. Por outro lado, disse ele, setores como o da aviação, automobilístico, de comunicações e de petroquímica reagem a esse acordo aduaneiro, temerosos da avassaladora concorrência do mercado norte-americano.
O senador Bernardo Cabral (PFL-AM) aparteou Napoleão para mostrar preocupação com o risco de a Alca reduzir o fluxo de investimentos para o Brasil. O senador Romero Jucá (PSDB-RR), também em aparte, elogiou a firmeza com que o presidente Fernando Henrique Cardoso expôs, na reunião de Quebec, questões fundamentais para a soberania brasileira. Hugo Napoleão testemunhou que, de fato, o presidente brasileiro foi bastante firme na defesa de suas posições.
14/05/2001
Agência Senado
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