Ideli anuncia Plano Safra 2004/2005, com destaque para financiamentos do Pronaf



A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), comemorou o anúncio do Plano Safra, com um total de recursos de R$39,5 bilhões, sendo R$ 7 bilhões para o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) - R$ 4,22 bilhões para custeio e R$ 2,78 bilhões de investimento. A meta é assinar 1,8 milhão de contratos, sendo que 350 mil agricultores terão, pela primeira vez, acesso ao crédito rural. A senadora disse que os pequenos produtores terão disponíveis R$ 4,5 bilhões, o dobro do que foi aplicado no último ano do governo Fernando Henrique Cardoso.

- O presidente Lula garantiu que os R$ 7 bilhões poderão chegar a R$ 7,5 bilhões, ou até a R$ 8 bilhões, caso seja necessário. Vai haver dinheiro para a produção agrícola - garantiu Ideli.

A senadora ressaltou a importância dos pequenos produtores, os chamados agricultores familiares, que são cerca de 15 milhões em todo o país, e que produzem 70% de todo o alimento consumido no Brasil e um terço da soja exportada.

- O pequeno agricultor tem uma importância decisiva na economia das nossas cidades médias e pequenas, e tem um papel que não é só econômico, é social, de cidadania - frisou.

A senadora acrescentou outros números sobre os pequenos produtores rurais. Segundo ela, esses agricultores são 80% da mão-de-obra do campo, e produzem 30% do arroz consumido no Brasil, 60% do feijão e 60% dos frangos e suínos. Ideli disse também que o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o Pronaf, que sempre se concentrou nas Regiões Sul e Sudeste, desta vez atenderá amplamente ao Norte e ao Nordeste.

- A região Norte terá um aumento de 97% nos financiamentos; o Norte, 199%; e o Centro-Oeste, 93% de recursos a mais - informou.

A líder do PT informou ainda que o Pronaf entregou o cartão número um milhão à uma lavradora do Vale do Jequitinhonha (MG). O cartão Pronaf permite que o agricultor vá direto a uma agência do Banco do Brasil e saque os recursos a que faz jus, sem necessidade de burocracia bancária.

- Quem toma um empréstimo de R$ 2,5 mil tem que ter o mesmo tratamento digno que recebe o que toma um empréstimo de R$ 2,5 milhões. E é isso que o governo está garantindo - disse a senadora.



28/06/2004

Agência Senado


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