Ideli celebra prêmio da ONU dado a Lula pelo combate à fome



A líder do governo no Congresso, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), celebrou nesta terça-feira (11) o reconhecimento obtido pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva pelas ações no combate à fome no país. Ela se referiu ao prêmio conferido pelo Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas ao presidente Lula, de "campeão mundial no combate à fome".

- Quando assumiu, em 2003, [Lula] disse que sairia orgulhoso do seu primeiro mandato e, depois com a segunda eleição, do segundo mandato, garantindoque cada brasileiro, cada brasileira pudesse ter o direito a três refeições por dia - disse a líder.

Ideli afirmou que o programa Fome Zero instituído no início do primeiro mandato de Lula engloba uma série de iniciativas de combate à pobreza, entre as quais o programa de restaurantes populares, com refeições a um real oferecido a trabalhadores de baixa renda. Ela citou também o programa de merenda escolar fornecida a 47 milhões de crianças, o de cozinhas comunitárias que atendem comunidades pobres "com alimentação saudável" e o Bolsa Família, cujo controle ficar a cargo da mulher, "em reconhecimento a seu papel no sustento da família".

Ela ressaltou a vinculação, feita pela diretora executiva do Programa Mundial de Alimentos, Josette Sheeran, entre a implantação do Programa Fome Zero, há sete anos, e a redução em 72% no número de menores de dois anos desnutridos, bem como em 47% nas mortes infantis. Nessa mesma linha, enfatizou, 93% das crianças e 83% dos adultos têm acesso a três refeições por dia.

Ideli mencionou que também a Organização Não Governamental Action Lady considerou o Brasil como "nação líder" na luta contra a fome em 2009.

Merenda escolar

Outro ponto assinalado por Ideli foi a associação feita pelo governo entre o programa Merenda Escolar e a agricultura familiar, cuja lei aprovada pelo Congresso obriga a que 30% dos alimentos fornecidos tenha origem na agricultura familiar. Ideli citou novamente Josette Sheeran: "a agricultura familiar é a espinha dorsal das áreas rurais brasileiras, empregando, aproximadamente, 80% da mão-de-obra rural do Brasil, sendo responsável por 10% do Produto Interno Bruto do país e produzindo, nada mais, nada menos, 70% de todos os alimentos consumidos no Brasil."

Ideli disse que, à época da aprovação da lei, houve um lobby muito forte que acabou impedindo a proibição da terceirização da merenda escolar. Com isso, em Santa Catarina, por exemplo, declarou Ideli, houve forte terceirização do setor, o que teria elevado os gastos de R$ 60 milhões para 200 milhões, diminuindo a qualidade da merenda. Produtos frescos teriam sido substituídos por industrializados, e muitas serventes e merendeiras perderam empregos com salários de 1,5 a dois salários mínimos, com novas contratações por salários menores.

Em aparte, o senador Tião Viana (PT-AC) manifestou satisfação pelo reconhecimento internacional obtido pelo governo Lula, por promover uma rede de segurança social a mais de 60 milhões de brasileiros. O senador destacou a redução do índice de brasileiros que estavam abaixo da linha de pobreza, de 26% no início do governo Lula, para 6% atualmente.



11/05/2010

Agência Senado


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