Ideli lembra compromisso do governo com estabilidade fiscal para justificar aumento do mínimo



A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), afirmou, nesta sexta-feira (30), que se é legítima a cobrança do compromisso de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva de que até o final do seu mandato o salário mínimo seria dobrado, também é fundamental que se explicite que, ao longo de toda a campanha eleitoral, o então candidato do PT afirmou que teria uma administração baseada na estabilidade.

Ideli disse que nada é pior, para os que ganham menos, do que o retorno da inflação. E lembrou que Lula da Silva, ao concorrer à Presidência da República, assumiu, entre outros compromissos, o cumprimento do rigor fiscal, "o de não se gastar mais do que se arrecada, o de não desestabilizar as finanças públicas, até porque essa prática não conduz aos rumos de que o país tanto precisa: retomada do crescimento com estabilidade, rigor fiscal e segurança de continuidade".

A líder do PT afirmou ser óbvio que o Congresso Nacional vai analisar a medida provisória (MP) sobre o salário mínimo com bastante cuidado, como tem feito em relação às demais MPs. Mas destacou que qualquer alteração no valor tanto do salário mínimo quanto do salário-família terá de vir acompanhada da responsabilidade fiscal, "de saber de onde sairá o dinheiro".

Ideli acrescentou que, no governo Lula da Silva, o Estado está ampliando sua participação em outros setores.

- Todos queríamos que o reajuste do salário mínimo fosse maior do que é. Na lógica defendida pelo presidente Lula, dentro da exigüidade do que era possível, se costurou uma alternativa para seguir a lógica de quem defende os que estão na margem mais extrema e longínqua do benefício social : o reajuste do salário mínimo conjugado com o do salário-família - explicou.

A senadora disse concordar com o senador Cristovam Buarque (PT-DF) que, em discurso, também nesta sexta-feira, afirmou que se deve não só dar atenção ao valor monetário do salário mínimo, mas a tudo o que o Estado tem de propiciar no atendimento às necessidades básicas da população, como uma boa escola e um bom atendimento de saúde, "até porque quem precisa de bom atendimento de saúde e de escola boa é a população de baixa renda", já que os que têm renda maior pagam por esses serviços se os oferecidos pelo Estado não forem adequados.




30/04/2004

Agência Senado


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