Imesp e Fundap lançam projeto de resgate da memória paulista
Livros de história e política esgotados há décadas foram relançadas após seminário
Quem gosta de livros antigos e tem especial interesse por história e política vai se deliciar com a Coleção Paulista. Os primeiros cinco livros, publicados entre 1827 e 1927 e esgotados há muitas décadas, foram relançados em edições com aparência semelhante à original. A diferença é que antes das páginas amareladas e impressas com a tipologia da época, cada obra traz uma apresentação assinada por um especialista.
Os livros foram lançados nesta sexta-feira, 30, após o seminário “Memória Paulista – Novos Temas e Novas Perspectivas da História de São Paulo e do Brasil”, na Estação Pinacoteca, na capital. As ações fazem parte de um projeto do governo do estado para o resgate da memória paulista, realizado em parceria pela Imprensa Oficial (Imesp) e Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap).
Veja mais detalhes sobre as obras
“Essa coleção está inserida dentro de um projeto maior, que é o de fazer um museu da memória de São Paulo. Nosso estado é muito focado no futuro, na realização, no empreendimento, sempre olhando para frente. Mas sabemos que é muito importante também ter as referências e a memória preservadas”, afirma o presidente da Imprensa Oficial, Hubert Alquéres. Ele destaca ainda a importância de resgatar o debate político em São Paulo. Para ele, a reedição dos livros, além de preservar a história, estimula o debate e o surgimento de novas lideranças.
Centro de memória
De acordo com Giselda Barroso Sauveur, coordenadora técnica do projeto Centro de Memória e Documentação Paulista pela Fundap, a idéia não é guardar todo o acervo do estado, mas ter obras da história de São Paulo que estavam esgotadas e sem reedições. Ela explica que a documentação que já é preservada por outros órgãos estaduais devem permanecer onde estão.
“A idéia é criar um portal na internet, com um sistema de busca que permita ao internauta localizar informações sobre a memória paulista em órgãos do governo do estado, como a Secretaria Estadual da Cultura”, informa.
Outra ação que está em fase de formatação é a realização de cursos a distância para professores de história. “A Fundap já é capaz de realizar ensino à distância e conta com metodologia de qualidade para isso. A idéia é usar essa ferramenta para capacitar professores, principalmente do ensino básico”, explica Giselda.
Cintia Cury
(I.P.)
11/30/2007
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