Inácio Arruda lembra que dirigentes do PCdoB apoiaram ida de Tancredo ao Colégio Eleitoral



Depois que a proposta de emenda à Constituição que restabelecia as eleições diretas para a Presidência da República não obteve os votos suficientes para ser aprovada pelo Congresso Nacional, os líderes do PCdoB João Amazonas e Haroldo Lima foram até Minas Gerais com a missão de tentar convencer o então governador daquele estado, Tancredo Neves, a disputar a Presidência da República no Colégio Eleitoral contra o candidato do PDS, Paulo Maluf. O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) lembrou dessa passagem durante sessão especial do Congresso Nacional que comemorou o centenário de nascimento de Tancredo Neves.

Segundo o senador, Haroldo Lima argumentou que Tancredo não poderia se subtrair à responsabilidade de "liquidar o Colégio Eleitoral". E para que isso ocorresse, teria que vencer a disputa, pondo fim às eleições indiretas. Inácio Arruda revelou que a direção do PCdoB, partido que na época atuava na clandestinidade, defendia a tese de que a vitória de Tancredo no Colégio Eleitoral implicaria em mais liberdade, mais democracia e na convocação de uma Assembléia Constituinte.

- Tancredo Neves tinha assumido o compromisso de que os partidos políticos poderiam viver aberta e livremente no país. A União Nacional dos Estudantes [UNE] não seria mais proscrita e voltaria a funcionar na legalidade. As centrais sindicais teriam atuação livre e os movimentos operários e populares não seriam perseguidos. Em busca desses ideais o PCdoB se uniu a tantas figuras da política, da arte e da cultura - recordou Inácio Arruda.



03/03/2010

Agência Senado


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