Incêndio está destruindo cidade mato-grossense, relata Jorge Yanai
Último senador a discursar na sessão não deliberativa desta quinta-feira (12), Jorge Yanai (DEM-MT) relatou que um grande incêndio atinge, desde a manhã da quarta-feira (11), o município de Marcelândia, localizado a cerca de 700 quilômetros da capital Cuiabá.
De acordo com o senador, 40% do setor industrial da cidade foi destruído e mais de cem famílias estão desabrigadas. Iniciado em um lixão, disse Yanai, as chamas se alastraram rapidamente devido à seca na região. Membros da Defesa Civil, da Brigada Municipal de Combate ao Fogo, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros da cidade e de municípios vizinhos já estão combatendo o incêndio, que ainda não foi controlado, acrescentou o senador.
- O fogo destruiu 16 serrarias, caminhões, máquinas, madeiras estocadas, além de animais, como bovinos e suínos. Um dos maiores incêndios já ocorridos no estado do Mato Grosso - disse o parlamentar.
Fronteiras terrestres
Mudando de assunto, Yanai chamou a atenção para a dificuldade que o país tem para controlar e fiscalizar as fronteiras brasileiras, principalmente as terrestres. Ele registrou que o estado do Mato Grosso, por exemplo, tem fronteiras fluviais e terrestres com a Bolívia que somam quase mil quilômetros.
- Imaginem a dificuldade que se apresenta para controlar tão ampla e sensível zona limítrofe - disse.
Um dos problemas, segundo Yanai, acontece com o grande número de brasileiros e bolivianos que cruzam as fronteiras cotidianamente. Assim, os sistemas de saúde e educacional das cidades brasileiras fronteiriças (como Cáceres) ficam sobrecarregados, pois têm de atender tanto brasileiros quanto os bolivianos que passam a residir no lado brasileiro.
Outro fato preocupante é a falta de condições das autoridades brasileiras de realizarem o controle aduaneiro de bens e mercadorias e o policiamento de atividades criminosas, como o tráfico de drogas, nas regiões de fronteiras.
Yanai também informou que a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência realizaram no mês passado megaoperação contra o tráfico nas fronteiras com a Bolívia, com a ajuda das Forças Armadas e do Poder Judiciário. A Receita Federal, a Força Nacional de Segurança e a Polícia Rodoviária Federal também atuam na região, acrescentou. Mas avisou que as ações do Poder Público precisam ser aperfeiçoadas e intensificadas.
- A fronteira de Mato Grosso com a Bolívia é uma das principais entradas de cocaína do Brasil - esclareceu o senador ao lamentar que as atividades das autoridades públicas, na maioria das vezes, não contam com o apoio da população local, pois o tráfico de cocaína acaba sendo um fomentador da economia dessas localidades.
12/08/2010
Agência Senado
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