Incidentes em assentamento causam divergências no plenário



O tema Violência em assentamentos de sem-terra, proposto para a reunião da Comissão de Agricultura realizada ao meio-dia, em clima tenso, voltou ao plenário na sessão desta tarde. O deputado Dionilso Marcon (PT) anunciou em seu pronunciamento que vai ingressar com “pedido de Comissão de Ética contra o deputado Frederico Antunes (PPB)” Ele explicou que o deputado do PPB, que preside a Comissão, o ofendeu “com palavras chulas e racistas durante a reunião que deveria ter como pauta a política de assentamentos do governo estadual. Além de chamar a mim e ao MST de covardes, Antunes disse que eu deveria pedir respeito às minhas negas”, disse, o que considerou “comportamento inaceitável que não condiz com o decoro Parlamentar”. Marcon denunciou que a Comissão realizou uma reunião sem a presença de representantes do governo, o que lhe dá um caráter de manipulação. O deputado Frederico Antunes defendeu a necessidade de a Comissão que preside debater a violência nos assentamentos. “É um tema público, notório e que não podemos deixar de tratar, porque são crimes provocados na zona rural”. Ele acusou o MST de estar “fazendo justiça pelas próprias mãos, afirmando que no assentamento de Jóia “ao invadir casas um indivíduo foi morto a tiros pelas costas. Seu filho que viu o pai morto, foi ameaçado de morte por cidadãos do MST, assim como sua esposa e demais vizinhos, porque a organização não quer que essas pessoas estejam lá porque elas não pagam pedágio”. Antunes sustentou que “o Rio Grande do Sul vive uma onda de terrorismo praticada pelo MST”.

09/27/2001


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