Incor e Ipem assinam convênio para a criação de Centro de Produtor Radiofármacos
nd
Investimento somará cerca de US$ 4 milhões e impulsionará os serviços de medicina nuclear de São Paulo, regiões vizinhas e Estados próximos Até o segundo semestre de 2001 o Instituto do Coração (Incor) deverá inaugurar um centro produtor de radiofármacos emissores de pósitrons com meia-vida inferior a duas horas para diagnóstico em medicina nuclear, primeiro do gênero no Brasil a funcionar por meio de parceria entre uma instituição pública de saúde e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares-Ipen/Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN. O centro proporcionará o pleno funcionamento dos diversos serviços de medicina nuclear dos hospitais de São Paulo, Campinas e outras regiões próximas, que passarão a receber o produto do Incor, aumentando em até cinco vezes da capacidade desse diagnóstico no próprio Instituto. O primeiro passo para o empreendimento será a assinatura de um convênio entre Incor/Fundação Zerbini e o IPEN/CNEN, cuja solenidade acontecerá no próximo dia 12 de fevereiro, às 11h, no Instituto do Coração, com as presenças do presidente da CNEN, José Mauro Esteves dos Santos, e do Superintendente do Ipen, Cláudio Rodrigues, além das autoridades do Instituto do Coração. Por meio do convênio, o Instituto deverá adquirir nos próximos meses um Ciclotron de última geração, destinado à produção de flúor-8, carbono-11, nitrogênio-13 e oxigênio-15, que, agregados a substâncias próprias do organismo humano, servem como marcadores radioativos para diagnóstico principalmente nas áreas de cardiologia, neurologia e oncologia. O flúor-18, um dos principais radioisótopos a serem produzidos, é matéria-prima básica para a produção do FDG - fluordeoxiglucose - utilizado para realização de tomografia por emissão de pósitrons, o PET, método de diagnóstico de última geração introduzido pioneiramente no Brasil pelo Incor há cerca de dois anos. Os mais de 400 exames realizados nesse período- 85% em oncologia e 15% em cardiologia e neurologia geraram estudos que renderam ao Instituto os mais destacados prêmios nos principais eventos científicos do Brasil, comprovando a extensa aplicabilidade do exame. O PET é capaz de diferenciar lesões, previamente identificados por outros métodos de diagnóstico, como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada, em benignas e malignas. 'Com isso, evita-se a realização de exames desnecessários e muitas vezes dolorosos no paciente, como a biópsia em tumores benignos, e obtém-se um melhor direcionamento para a aplicação de terapias específicas, com a radioterapia e a quimioterapia', explica do dr. Cláudio Meneghetti, diretor do Serviço de Radioisótopos do Incor e coordenador do projeto de implantação do Centro. Segundo o doutor, a literatura médica mostra que 35% dos casos diagnosticados como câncer têm a conduta terapêutica modificada em função da gama de informações oferecidas pelo exame. 'Isso pode significar melhoria da qualidade de vida e maior sobrevida do paciente, além de menores custos hospitalares e humanos'. Na cardiologia, o PET é capaz de diagnosticar o músculo cardíaco pós-infarto severo em condições de recuperação com cirurgia de revascularização, antes tidas como inócuas para estes casos. Na neurologia, possibilita os mais diferentes estudos, como o da epilepsia, Alzeihmeir e da eficácia no tratamento de tumores. 'Com o centro de produção do Incor poderemos ampliar a utilização do PET para a população brasileira, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos, Japão e Europa', explica Meneghetti. Atualmente, o Instituto condiciona a realização do exame a dois dias na semana, quando recebe os radiofármacos produzidos no Instituto de Pesquisa Energética e Nucleares. O Ipen está vinculado à CNEN, que, de acordo com a legislação vigente, é responsável pelo monopólio de produção de materiais radioativos no Brasil. Para Meneghetti, o convênio representa uma mudança histórica do posicionamento do Brasil com relação à produção e utilização da energia nuclear para fins médicos, ampliando o acesso da população a exames e terapêuticas específicas, como a do PET. Na parceria caberá à Ipen /CNEN a operação do ciclotron e a produção de radiofármacos com02/09/2001
Artigos Relacionados
Saúde: Incor e Ipen assinam convênio para impulsionar os serviços de medicina nuclear em São Paulo
ARRUDA COMEMORA CONVÊNIO PARA FUNCIONAMENTO DO INCOR EM BRASÍLIA
SENADO ASSINA CONVÊNIO PARA ABERTURA DE FILIAL DO INCOR EM BRASÍLIA
ACM ASSINA CONVÊNIO DE INTERCÂMBIO COM INCOR
SP e programa da ONU assinam convênio para regularização fundiária
SENADO E BID ASSINAM CONVÊNIO DE US$ 50 MILHÕES PARA A INTERLEGIS