Indústria aeroespacial nacional analisa oportunidades



O Brasil recebe um tratamento especial da China em cooperação na área espacial, segundo afirmação do governo daquele país. Como os chineses veem expandindo seus negócios no setor com diversas nações, essa também é uma oportunidade para as indústrias aeroespaciais brasileiras ampliarem seus negócios e ofertas de serviços.

Esse foi um dos tópicos da pauta do encontro entre diretores da Agência Espacial Brasileira (AEB) e representantes de 14 empresas do segmento aeroespacial na última segunda-feira (14), em Brasília (DF). Os empresários, ligados a Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), foram incentivados a usufruírem mais do programa Ciência sem Fronteiras Espacial e também aproveitarem o conhecimento qualificado que o mercado passa a receber com o retorno ao país de pessoas que se qualificaram no exterior.

O presidente da AEB, José Raimundo Braga Coelho, falou sobre as negociações entre Brasil e China envolvendo a cooperação espacial nos próximos dez anos. “Essa ampliação de atividades com os chineses também é uma janela de oportunidades que a indústria nacional não pode desprezar”, alertou. Em sua opinião, as empresas brasileiras devem buscar conhecer a atual diversificação de produtos e serviços promovida por diversas empresas chinesas do segmento aeroespacial.

Nesse sentido, o presidente convidou os empresários a se integrarem à comitiva da AEB, que acompanhará o lançamento do satélite sino-brasileiro de sensoriamento remoto (Cbers-3), em dezembro, na China. Na oportunidade, eles poderão visitar empresas em Shangai, conhecer seus processos de modernização e estabelecer contatos para futuras plataformas de negócios.

Os representantes das empresas ainda foram informados sobre outra modalidade de bolsa que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lança no início de 2014. Trata-se da bolsa de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, que visa a aprimorar em estágios no exterior profissionais que já tenham qualificação considerada avançada. O diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento, Carlos Alberto Gurgel, disse que há uma cota dessas bolsas reservadas para a AEB, “portanto os empresários não devem perder esse benefício”.

Fonte:
Agência Espacial Brasileira



18/10/2013 10:44


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