Indústria está preparada para a TV digital, afirma Saab em audiência



A indústria brasileira está preparada para colocar aparelhos de televisão digital no mercado um ano e meio após a definição do modelo tecnológico a ser adotado pelo país, disse nesta terça-feira (24) o diretor-presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Paulo Saab. Ele participou de audiência pública sobre o tema patrocinada, conjuntamente, pela Comissão de Educação (CE) e pela Subcomissão de Cinema, Comunicação e Informática, ligada à própria CE.

Paulo Saab informou que cada indústria do setor vai desembolsar cerca de US$ 1 milhão por ano para a fabricação dos novos aparelhos. E chegou a condicionar o sucesso da TV digital, entre outros fatores, à venda de aparelhos em larga escala a um custo viável e à transmissão pelas emissoras de programação de boa qualidade. Com isso, observou, os consumidores seriam atraídos para o novo sistema.

O diretor de tecnologia da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (Abta), Antônio João Filho, lembrou que grande parte da TV paga no país já opera utilizando o sistema digital, oferecendo aos assinantes uma programação de qualidade, aliada a uma boa tecnologia de som e imagem. Ele informou que a TV por assinatura já ultrapassa a 3,5 milhões de espectadores, sendo que, desse total, 70% pertencem à chamada classe A.

O presidente da Associação Brasileira de Produtores Independentes, Nelson Hoineff, disse que o maior problema da entrada em operação da TV digital no Brasil não está na nova tecnologia, já adotada na maioria dos países desenvolvidos, mas no que chamou de conteúdo, ou seja, a programação da nova televisão, incluindo a interatividade.

Ele lembrou que, desde a implantação no país da TV por assinatura, há 12 anos, o Brasil não foi capaz de criar uma rede independente de qualidade. Com relação à TV aberta, Nelson Hoineff estranhou que, apesar de a população brasileira ser uma das maiores consumidoras de programação televisiva do mundo, o país aparece nas estatísticas como o que menos realiza produção.

Hoineff informou que a produção regional se aproxima do zero, o que considera um absurdo. Para ele, essa realidade tem que ser invertida com a entrada da TV digital no país, por meio da valorização da produção. -Do contrário continuaremos a ser subservientes à cultura estrangeira-, concluiu.



24/06/2003

Agência Senado


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