Inflação pelo IPCA não surpreende governo e fecha 2013 dentro da meta



A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA), fechou o ano de 2013 em 5,91%, maior resultado mensal desde abril de 2003, mas dentro do limite projetado pelo governo. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Para o ministro da Fazenda em exercício, Dyogo Oliveira, “o importante é que tivemos um índice dentro da meta, demonstrando que não há nenhum risco de descontrole da inflação”, afirmou, lembrando que por 11 anos consecutivos, a taxa tem ficado dentro da meta estipulada pelo governo (6,5%). 

“Já esperávamos que dezembro tivesse um índice um pouco mais alto por conta do aumento do preço da gasolina e também é um período de férias, quando as passagens aéreas tiveram uma contribuição para que o índice viesse um pouco mais alto em dezembro”, destacou. 

Para ele, o importante é que o índice está dentro da meta, demonstrando por parte do governo que a inflação no Brasil está sob controle, sem perspectiva de aumento exagerado de preços. A meta de 2013, estabelecida pelo governo é 4,5%, com uma tolerância de 2 pontos percentuais. Assim, no limite, a inflação poderia ficar em 6,5% que ainda estaria dentro da meta. 

“Isso que é mais importante para o País e para a população brasileira, que é nós termos a segurança de que estamos mantendo a inflação dentro dos patamares e dentro das metas”, ressaltou ele, substituto do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que está de férias. 

Para 2014, as expectativas são positivas, e os técnicos do governo não têm perspectiva de que a inflação tenha comportamento “fora do normal”. “A gente está prevendo que a inflação este ano, assim como nos últimos dez, 11 anos, fique sob controle. E o governo manterá todo o esforço e atenção para que isso ocorra.” 

Atuação do governo na energia e transporte mostra resultados 

Em 2013, o governo federal promoveu forte redução no valor das tarifas de energia elétrica. Em meados do ano, o governo também atuou para conter o aumento dos preços do transporte público, que foi revogado em várias capitais. 

Com isso, os preços de energia elétrica residencial fecharam o ano passado com queda de 15,66%, tendo impacto de -0,52 ponto percentual no IPCA, de acordo com os dados do IBGE. 

O transportes subiu menos que o esperado, com alta de 3,29% no ano, ante 0,48% em 2012, com impacto de 0,64 ponto percentual no IPCA de 2013. 

Fonte: Portal Brasil com informações do Ministério da Fazenda e Agência Brasil

 



10/01/2014 13:02


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