INJEÇÃO DE RECURSOS.TOTALIZOU 20 BILHÕES



O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer) foi criado em novembro de 1995, com o objetivo de estimular a reestruturação bancária e incentivar incorporações e fusões entre bancos. Foram financiados com o Proer, até junho de 1997, cerca de R$ 20,3 bilhões. Bancos tradicionais, como o Bamerindus, Econômico e Nacional, tiveram suas finanças saneadas, para posterior absorção por outras instituições.À época, o governo justificou o Proer explicando que, com a adoção do real e o fim dos ganhos inflacionários, muitas instituições financeiras não apresentavam condições de se manterem. "Num universo com 265 bancos, dezenas quebraram, gerando enormes custos financeiros e sociais", defendia documento do Banco Central.Para o governo, o Proer significou a manutenção da credibilidade do sistema bancário e a garantia de segurança para os investimentos da sociedade. "Uma corrida aos bancos resultante da perda de credibilidade de poucos, em função do efeito dominó, provocará transtornos graves para todos, inclusive nos setores produtivos da economia", justificou o Banco Central, quando da criação do programa.Desde a sua instituição, no entanto, o Proer vem recebendo críticas da oposição, que menciona as altas somas injetadas na recuperação de instituições financeiras em comparação com os recursos destinados às áreas sociais. "Quando o Proer foi criado, eu dizia que continha não apenas um gesto desumano, um ato de desprezo para com o social, mas a declaração inexorável da preferência deste governo pelos ricos e banqueiros", relembra o senador Lauro Campos (PT-DF).

04/06/1999

Agência Senado


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