Inovação e desafios na área de investimento marcaram a 4ªCNCTI



A 4ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia (4ª CNCTI), que aconteceu na última semana, em Brasília (DF), mobilizou mais de três mil  participantes e 220 palestrantes em torno de diversos temas ligados à área.

Como resultado, as propostas debatidas e apresentadas durante os três dias de encontro na 4ª Conferência serão reunidas num documento síntese, juntamente com as entidades participantes. O material será elaborado por uma comissão de redação e poderá ser complementado e analisado por representantes dos setores envolvidos.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, afirmou que o resultado final do encontro foi positivo, e destacou a qualidade dos debates. “As sessões foram muito densas com discussões profundas e propostas consistentes. Então fechamos a conferência com a sensação de satisfação pela resposta da sociedade brasileira e, com a certeza, de que por conta da conferência, vamos deixar propostas boas e importantes para a Ciência, Tecnologia e Inovação na próxima década”, acrescentou.

No total, 3.574 pessoas foram credenciadas no evento. Para o secretário geral da 4ª CNCTI, Luiz Davidovich, as salas sempre cheias, o público motivado e participante mostrou que as pessoas entenderam a importância do debate.

“Ficou muito claro para as pessoas que essa conferência pode ter um papel definidor na política de CT&I pela qualidade das apresentações e das propostas. Isso reflete um novo patamar de maturidade e um novo olhar para o desenvolvimento do Brasil, por meio de uma análise séria sobre a inovação tecnológica do País”, analisou.

Desafio cultural

Em grande parte das sessões, um dos temas em discussão foi a importância da inovação tecnológica para aumentar a competitividade e alavancar o desenvolvimento do País. Segundo o ministro Rezende, no entanto, o Brasil enfrenta dificuldades para deslanchar ainda mais por conta de uma a questão histórica e cultural.

Segundo ele, a própria ciência é recente no Brasil. “Começamos a formar os nossos doutores há 30, 40 anos. Se a ciência é nova nas universidades, é muito mais nova nas empresas. O setor empresarial não tem a cultura de investir na pesquisa e na inovação, porque a própria pesquisa demora um pouco para dar resultado e algumas não dão o resultado esperado”, disse.

Para o ministro, esse quadro vem se alterando por conta da Lei da Inovação e da criação da subvenção econômica para as empresas (iniciativa em que o governo divide com a empresa o risco da inovação), por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico(FNDTC), entre outros mecanismos.

Fonte:
Ministério da Ciência e Tecnologia

 

 

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24/07/2010 06:02


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