Inpa debate desenvolvimento sustentável na Amazônia



“Na Amazônia não há espaço para ‘copiar e colar’". A afirmação é do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o pesquisador Adalberto Val, que participou do 6º Fórum Mundial de Ciência (FMC), no Rio de Janeiro. Pela primeira vez. o evento acontece fora da Europa e durante quatro dias (24 a 27 de novembro) reuniu mais de 700 pesquisadores e representantes de 120 países para discutir a temática “Ciência para o Desenvolvimento Global”.

Val coordenou o debate da sessão temática paralela “Amazônia, biodiversidade e desenvolvimento sustentável", na última segunda-feira, que teve ainda na mesa o coordenador científico do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas úmidas (INCT-INAU), Wolfgang Junk, e os pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi, Jhan Carlo Espinoza e Marlúcia Martins. A mensagem deixada pelos painelistas é que é importante preservar a biodiversidade não só da Amazônia, que detém 20% da biodiversidade do mundo, mas de outras áreas do planeta.

“Na Amazônia não há espaço para ‘copiar e colar’, porque as informações que a Amazônia precisa tem de ser desenvolvidas para as suas condições”, disse Val. “Temos a necessidade de desenvolver produtos e processos robustos que permitam geração de renda com a manutenção da floresta em pé. E a educação é fundamental para termos um novo paradigma”, acrescentou.

Na declaração final do Fórum, o documento faz uma série de recomendações, como a cooperação científica internacional e ações nacionais coordenadas para o desenvolvimento sustentável global. O texto classifica a educação básica como elemento fundamental da cultura moderna e componente vital da capacidade de um país para competir em economia global, e destaca a necessidade de se priorizar a educação de qualidade em ciência, tecnologia e engenharia.

Para o diretor do Inpa, a inclusão da Amazônia no Fórum, que tratou de questões altamente relevantes, confere à região importância e significativa visibilidade junto à Ciência Mundial. “Avançamos em muitas áreas, mas a dimensão das demandas é tão grande que a Ciência e a Tecnologia têm um papel extremamente relevante”, avaliou Val.

Fonte:
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia



29/11/2013 19:26


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