Inpe desenvolve nova estratégia para localizar origem da fumaça
Uma nova metodologia científica elaborada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio do supercomputador Tupã, vai conseguir identificar a origem da fumaça de queimadas. O projeto pioneiro começou no Acre, a pedido do Ministério Público do estado, que busca uma forma de responsabilizar os causadores de fogo.
A ideia é verificar se a fumaça tem origem em queimadas no Acre ou em estados vizinhos, como Rondônia e Amazonas, ou até mesmo no Peru e Bolívia, países que fazem divisa.“Acompanhamos a trajetória da fumaça há tempos, porém os modelos usuais não permitem mensurar a quantidade de emissões que vem de outros locais separadamente”, explica o pesquisador Saulo Freitas, do Grupo de Modelagem da Atmosfera e Interfaces (GMAI) do Inpe.
O Inpe monitora regularmente por satélites os focos de incêndios em toda a América do Sul. Também produz estimativas sobre a qualidade do ar e emissão de material particulado oriundo de queimadas. No entanto, até então não era possível quantificar a participação das várias regiões emissoras. “Só pudemos fazer este trabalho quando adquirimos uma maior capacidade de processamento, pois temos que separar as fontes de aproximadamente 30 gases. O poluente é sempre o monóxido de carbono (CO), mas precisamos indexá-lo e classificá-lo pela fonte emissora”, explica o pesquisador.
Resultados preliminares do modelo foram apresentados nessa segunda-feira (12) a representantes do Ministério Público do Acre.
“No Acre já existe uma restrição das autorizações de queimadas nos períodos mais críticos. Estamos procurando fazer a nossa parte, mas de nada irá adiantar se os vizinhos não adotarem as mesmas práticas”, diz Patrícia Rêgo, procuradora de Justiça.
Fonte:
Inpe
14/09/2011 20:12
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