Instituto Mamirauá realiza estudo sobre dinâmica florestal



O Insituto Mamirauá, uma das unidades de pesquisa vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), iniciou um estudo que analisará áreas para verificar a dinâmica florestal e identificar quais são as principais espécies de árvores presentes naqueles locais. Com as informações, será montado um inventário que dará suporte às demais implantações do manejo madeireiro.

A iniciativa faz parte do projeto Participação e Sustentabilidade: o uso adequado da biodiversidade e a redução das emissões de carbono nas florestas da Amazônia Central, que conta com financiamento do Fundo Amazônia.

Foram instaladas áreas de estudos aleatoriamente nas florestas alagáveis da Reserva Mamirauá – levando em consideração se a área alaga muito (várzea baixa) ou alaga pouco (várzea alta). Nesses locais, as árvores são medidas na altura de 1,30 metros. Entram no registro as que têm o diâmetro mínimo de tronco de 10 cm. No fim, as parcelas são somadas e os pesquisadores conhecem as espécies que tem o maior Índice de Valor de Importância.

“Com esses dados, vamos gerar uma lista de espécies que seriam as de maior importância ecológica, as que têm função importante dentro do ambiente, em termos de estoque e produtividade. Após identificar essas espécies, vem outro componente que é a reposição florestal. O projeto de reposição florestal quer colocar as espécies que são importantes para o ambiente e ajudar a acelerar esse processo de sucessão natural”, explica a pesquisadora do Instituto Mamirauá, Auristela Conserva.

Além das informações para o manejo, o projeto consegue determinar o estoque de carbono destas florestas alagáveis da região do médio Solimões. “Podemos calcular o estoque de carbono das áreas de estudo, mas isso é algo que vai variando, porque as árvores crescem e morrem. Elas perdem folhas, produzem frutos, e tudo isso implica em alterações nesse estoque de carbono”, comentou a pesquisadora.

A intenção dos pesquisadores do instituto é ter meios de prever a resposta da floresta na captura de gás carbônico (CO2) para auxiliar na Redução das Emissões de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD).

Fonte:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação



24/02/2014 16:27


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