Ipem reprova marcas de papel higiênico com medidas inferiores
A situação se agrava pela dificuldade para se conferir a medida correta no local da compra
A Operação De Olho no Rolo, realizada pelo Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP), verificou as medidas de 46 lotes de papel higiênico (de 20, 30, 50, 60 e 300 metros) folha simples e dupla comercializados no Estado de São Paulo. Oito lotes (17,4% do total) apresentaram irregularidades, como comprimento e largura menores do que o indicado na embalagem. Em uma das amostras analisadas do papel Dubbon, de 300 metros, faltavam quase 105 metros de papel no rolo.
Em 2007, durante operação semelhante, entre 42 lotes de papel higiênico analisados, 11 lotes (26,2%) apresentaram erros quantitativos. “Apesar da diminuição, o índice de irregularidades continua alto e causa prejuízo ao consumidor”, afirma Vera Lúcia Gonçalves, supervisora técnica do núcleo de fiscalização de pré-medidos do Ipem-SP.
A situação se agrava pela dificuldade para se conferir a medida correta no local da compra. “O consumidor não tem como saber qual rolo está no tamanho certo. Rolo de papel mais fino não quer dizer que esteja irregular, pois alguns são compactados. Por isso, a fiscalização do Ipem-SP é constante”, justifica a supervisora. Os rolos foram verificados nos oito laboratórios do instituto no Estado. Para checar se as dimensões correspondem ao indicado na embalagem, os técnicos desenrolam o papel e medem seu comprimento e sua largura.
Irregularidades – A maior irregularidade foi encontrada pelo laboratório de São José do Rio Preto. Faltavam em média 83,5 metros (27,8%) no comprimento do papel Dubbon de 300 metros x 10 centímetros, da empresa Multipaper do Brasil Comércio de Papel. Em uma das amostras havia menos quase 105 metros. As outras duas marcas analisadas por esse laboratório (Bl Plus e Finus) foram aprovadas. Das seis marcas verificadas pelo laboratório da capital (Mili, Scott, Neve, Mirafiori, Aro e Personal), duas tinham medidas inferiores às informadas e foram reprovadas: Mirafiori, da Manikraft Guaianazes, e Mili, da empresa homônima.
Em Campinas, entre as seis marcas analisadas (Primavera, Scott, Bl Plus, Dama, Mili Bianco e Stxlus), três não passaram no teste por erros na média das embalagens: Primavera, da Manikraft Guaianazes, Mili Bianco, da Mili, e Stxlus, da Sepac Serrados e Pasta de Celulose. Em Ribeirão Preto, apenas uma das seis marcas (Paradiso, Paloma, Sublime, Rib, Classis e Bob) foi rejeitada: a Classis, da Carta Goiás Indústria e Comércio de Papéis.
Os laboratórios de Bauru, Presidente Prudente, São Carlos e São José dos Campos analisaram 25 lotes de papéis higiênicos e todos foram aprovados.
As empresas irregulares foram autuadas e devem retirar os lotes de produtos defeituosos dos pontos-de-venda. Após o prazo de dez dias para apresentação de defesa na superintendência do Ipem-SP, há uma análise jurídica e administrativa para aplicação de penalidade administrativa, que varia de R$ 100 ao pagamento de multas de até R$ 50 mil, dobrando na reincidência.
SERVIÇO
Dúvidas, reclamações ou denúncias, ligue para o serviço da Ouvidoria do Ipem-SP, 0800 0130522, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas, ou pelo e-mail [email protected]
Outras informações, no site www.ipem.sp.gov.br
Do Ipem-SP
(M.C.)
08/28/2008
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