Teste reprova sete marcas de água mineral no Rio



Teste reprova sete marcas de água mineral no Rio Testes feitos pelo Laboratório Noel Nutels em 53 amostras de água mineral, recolhidas em estabelecimentos comerciais do Rio pela Vigilância Sanitária municipal, revelaram que mais de um terço (37,74%, ou 20 amostras) era impróprio para consumo. Dezesseis estavam contaminadas: 14 por microorganismos, uma por partículas em suspensão e uma por caco de vidro. Em outras quatro, havia irregularidades nos rótulos. Foram analisadas 21 marcas vendidas no Rio. As amostras reprovadas - de vários tamanhos, desde garrafões de 20 litros até copos de 200ml - são industrializadas por sete empresas: Nazareth, Santa Cruz, Corcovado, Prata, Recanto das Águas, Frade e Indaiá (esta a mais consumida do Brasil). O secretário municipal de governo, João Pedro Figueira, acha que o maior perigo está nos garrafões e ameaça exigir modelos descartáveis: "É inadmissível haver ameaça à saúde dos consumidores". (pág. 1, 15 e 18) * Dados preliminares mostram que a economia passou, entre julho e setembro, pelo seu pior trimestre desde a desvalorização do real, em 1999. A produção industrial caiu 3%, o Produto Interno Bruto deve encolher até 0,5% e o volume de cheques devolvidos, 9 milhões, foi o mais alto dos últimos dez anos. (pág. 1 e 29) * Os homens que já estão no Afeganistão para caçar Osama bin Laden integram duas forças especiais americanas: os Rangers e os Seals. São treinados para matar e viver nas mais terríveis condições. Usam equipamentos de alta tecnologia e suas missões são sempre clandestinas. A artilharia talibã disparou ontem pela primeira vez em Cabul. O alvo, não atingido, foi um avião-espião que sobrevoou a capital afegã. (pág. 1 e 35) * O esquema de arrecadação paralela de recursos comandado pelo hoje deputado Luiz Antônio de Medeiros (PL-SP) junto a empresários para patrocinar a criação da Força Sindical, em 1991, foi confirmado por pelo menos oito grandes empresas ao Ministério Público Federal. Em geral, as firmas envolvidas no projeto fecharam contratos para doar o equivalente a US$ 50 mil por mês, com montantes de US$ 250 mil a US$ 300 mil cada. Grande parte desse dinheiro porém, segundo depoimentos de ex-assessores de Medeiros e documentos obtidos pelo Ministério Público, alimentou duas contas abertas pelo hoje deputado no Commercial Bank de Nova York. Uma delas também era movimentada por um ex-assessor de Medeiros, Wagner Cinchetto. A outra, por Medeiros e sua mulher, como mostrou reportagem do "Globo" ontem. (pág. 3) * O presidente Fernando Henrique Cardoso escolheu o publicitário Luís Macedo, de 70 anos, ex-proprietário da agência MPM, para ser o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação de Governo. Macedo vai substituir Andréa Matarazzo, novo embaixador do Brasil em Roma, e cuidar da imagem e da comunicação do Governo, sendo, inclusive, responsável pela administração da verba publicitária institucional da União. (...) (pág. 12) * A Previdência descobriu que sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) estão emitindo certidões falsas de exercício de atividade rural para obtenção de benefícios. As provas são 173 declarações fraudadas que foram enviadas pelas gerências regionais à sede do INSS, nos meses de agosto e setembro. (pág. 2 e 10) * O senador gaúcho José Fogaça, amigo do presidente Fernando Henrique que já foi quase tudo no Governo, embora nunca tenha chegado a cargo algum, saiu do Alvorada assoviando "Deu pra ti", de Kleiton & Kledir: "Vou pra Porto Alegre e tchau..." Fogaça recusou convite para ser ministro da Integração e ainda trocou o PMDB governista pelo PPS de Ciro Gomes. (pág. 2 e 12) * Segundo a empresa de consultoria de risco e segurança empresarial Kroll, houve um aumento de 50% na procura de serviços de segurança no Brasil após a série de atentados nos Estados Unidos. Os apelos de empresas ao esquadrão antibombas de São Paulo já atingiram 500 telefonemas no que vem sendo chamada de "Síndrome do Terror". (pág. 2 e 33) * Em pouco mais de seis meses, o ministro da Economia da Argentina, Domingo Cavallo, passou de redentor a vilão. A uma semana das eleições, a estrela do ministro foi ofuscada pelo aprofundamento da crise econômica, que já dura mais de três anos. A taxa de risco bateu recorde e todos os dias rumores de desvalorização e renúncia sacodem o país. (pág. 2 e 31) * Aos 82 anos, João Alves, que, como deputado do PPR (hoje PPB) pela Bahia, foi o personagem central das investigações sobre o desvio de verbas do Orçamento, em 1992, desfruta da vista para o mar, no Jardim Ipiranga, uma das zonas mais nobres de Salvador. Hoje ele é proprietário também de uma suntuosa cobertura no bairro de Itaigara, à beira-mar. Mas João Alves, que sempre atribuiu sua fortuna aos sucessivos prêmios da loteria que teria recebido, tem reclamado da sorte. Aos políticos baianos com quem conversa, chora miséria. Diz que seus bens estão bloqueados e reclama de um sobrinho que teria retirado de seu cofre a quantia de R$ 4 milhões. (pág. 5) Editorial "O outro front" Os ataques terroristas aos Estados Unidos deixaram atrás de si um clima de incerteza e desconfiança generalizadas. Nesse ambiente negativo, os investimentos se retraem, mingua o fluxo de capital e cresce toda sorte de movimentos especulativos. A crise econômica é um problema global. Se ela se ampliar, os terroristas terão atingido seus objetivos. (...) O importante é que os brasileiros - Governo, agentes econômicos, consumidores - não somem componentes internos à crise que vem de fora. O momento exige que o País se concentre na frente de combate externa, com o devido cuidado para que as medidas de proteção não abram um front interno. (pág. 6) Colunistas Panorama Político - Tereza Cruvinel Os líderes da mui leal e servil base aliada do Governo no Congresso ouviram da equipe econômica na quinta-feira que todos as concessões sociais por eles cogitadas devem ser excluídas do orçamento de 2002. Nada de aumento maior para o salário mínimo ou para os servidores. Um deles recorda o que sempre ouviu: fizessem o ajuste fiscal direitinho, haveria mais folga em 2002. (...) (pág. 2) Ancelmo Góis Demorou mas saiu. Terça-feira será sacramentado o acordo que prevê a troca de ativos da Petrobras com o grupo hispano-argentino Repsol YPF numa operação superior a US$ 1 bilhão. A bandeira da BR será fincada em 11% do mercado argentino de combustível. * Depois de uma agenda de breguices (Jader, viagem ao Equador, etc.) FH se prepara para fazer o que gosta. Embarca dia 26 para Madri para falar, a convite de Gorbachev, na Conferência sobre Transição Democrática. De lá, voa para Paris, para encontros com Lionel Jospin e Jacques Chirac. (pág. 20) Topo da página

10/07/2001


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