Iris critica campanha pelo voto nulo e defende novo sistema partidário



Depois de manifestar sua preocupação com o crescimento das campanhas pelo voto nulo que se alastram sobretudo pela Internet, a senadora Iris de Araújo (PMDB-GO) defendeu um novo sistema de partidos que previna manipulações e distorções, acabe com a compra de votos e impeça "estas perigosas relações" entre os poderes da República. Ela opinou que uma mera reforma política que aprove financiamento público de campanha, votação por listas e fidelidade partidária não será suficiente.

Na avaliação da senadora por Goiás, a decepção do brasileiro com os rumos da política é uma das origens da campanha pelo voto nulo. Ela registrou que o resultado da última pesquisa realizada pelo Ibope, divulgada semana passada, deve servir como alerta: o número de votos nulos ou brancos ocupou a terceira posição entre as preferências do eleitor, atingindo 9%.

- As campanhas pelo voto nulo cumprem terrível desserviço à Nação e estimulam o enfraquecimento das instituições. Com isto, fortalecem os que sonham com a volta dos regimes de força. Sobretudo, prejudicam os candidatos que dependem do voto consciente para se contrapor aos que se preocupam apenas em usar o poder para seus negócios ilícitos - afirmou Iris de Araújo.

Além do novo sistema partidário, Iris pediu a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva que aprove uma nova estrutura tributária acabando com os impostos que prejudicam os investimentos e estipule novas estruturas previdenciária, política e trabalhista. Na avaliação da senadora, o modelo constitucional de 1988 faliu ao se transformar em uma "colcha de retalhos" e não tem mais como se sustentar.



02/08/2006

Agência Senado


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