Iris de Araújo defende prioridade para votação da reforma política



A senadora Iris de Araújo (PMDB-GO) defendeu em Plenário, nesta segunda-feira (17), a precedência na discussão e votação da reforma política sobre as reformas previdenciária e tributária. O esforço do Congresso Nacional para inseri-la no -eixo das grandes prioridades nacionais- deverá concorrer, no seu ponto de vista, para a consolidação do regime democrático e a harmonização entre os anseios da população e a atuação estatal.

- Somente uma autêntica e genuína reforma política será capaz de lançar as bases para o fortalecimento de nossas instituições e para a recuperação da credibilidade dos poderes constituídos - afirmou. A senadora por Goiás também recomenda essa -inversão de prioridades- com vistas à superação da crise de legitimidade que se teria abatido sobre o poder público.

De acordo com recente pesquisa CNT/Sensus, citada por Iris, o Congresso Nacional é a instituição que desperta menos confiança na população brasileira, recebendo o apreço de apenas 1,1% dos entrevistados. -Essa realidade, por si só, é altamente preocupante-, comentou. Na sua opinião, a demora na implementação da reforma política teria contribuído para a fragmentação e, conseqüentemente, fragilização do sistema partidário nacional.

Fidelidade partidária e voto distrital

Ao cobrar medidas legislativas capazes de -devolver o vigor- às legendas políticas, Iris de Araújo imprimiu prioridade à fidelidade partidária e ao voto distrital misto. Enquanto classificou o mecanismo da fidelidade partidária como um -instituto indissociável da própria noção de mandato parlamentar-, creditou ao voto distrital misto a capacidade de -resgatar o poder de decisão do cidadão e fortalecer os partidos-.

Os senadores peemedebistas Garibaldi Alves Filho (RN) e Ramez Tebet (MS) parabenizaram Iris pela abordagem do tema. Também assinalaram, a exemplo da senadora, o maior comprometimento do Congresso Nacional com a reforma política, tendo em vista a maior ingerência do Poder Executivo sobre a previdenciária e a tributária. A respeito do voto distrital misto, Tebet defendeu sua adoção como forma de assegurar uma representação mais uniforme dos estados no Poder Legislativo.



17/03/2003

Agência Senado


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