Iris de Araújo quer Brasil líder de movimento mundial por melhor distribuição de riqueza
A senadora Iris de Araújo (PMDB-GO) quer ver o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à frente de um movimento mundial para exigir mais democratização da riqueza e melhores condições para que os países em desenvolvimento possam crescer econômica e socialmente, combatendo a pobreza e a exclusão social.
Durante pronunciamento em Plenário nesta quarta-feira (30), a senadora disse que o Brasil precisa ter mais confiança no futuro, em sua capacidade de liderança e realização e em sua disposição para vencer desafios. Na sua opinião, é pouco fazer com que o Programa Fome Zero decole e modifique as condições de vida de milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza.
- O que se exige é transformar a essência de um sistema econômico que se expande, cresce e se movimenta, mas sem a contrapartida da melhoria das condições de vida da sociedade em que está inserido. Trata-se, portanto, de dar início à reestruturação das bases sociais do Brasil, para fazer com que o crescimento econômico sirva para a efetiva democratização das riquezas, dando cidadania e dignidade ao povo brasileiro - afirmou Iris.
No plano mundial, observou a senadora, o aprofundamento do neoliberalismo promoveu forte transferência de capitais líquidos das economias de países menos desenvolvidos, provocando o aumento da miséria, a desagregação social e o desemprego.
O Brasil, pelo peso de sua geografia, população e riquezas naturais teria, na opinião de Iris, a missão de forçar uma mudança no comportamento da economia mundial, liderando um movimento em defesa de um processo de desenvolvimento mais igualitário, menos agressivo e com melhores resultados para todos.
Para o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), não há motivos para justificar a existência de uma legião de pobres e famintos no Brasil, um país de terras férteis, com clima que permite duas safras anuais. -É precisa atacar certos tabus como o que cerca o planejamento familiar para impedir que justamente os mais carentes e pobres sejam os que têm mais filhos-, afirmou, em aparte.
30/04/2003
Agência Senado
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