Já foram resgatados mais de 300 animais nas obras do Rodoanel



97 passaram pelo atendimento de veterinários do projeto desenvolvido pela Dersa

Enquanto as obras do Trecho Sul do Rodoanel seguem a todo vapor, uma equipe de veterinários montada pela Dersa só tem olhos para os animais.  Ela já resgatou 307 na região: foram 55 mamíferos, 114 répteis e 136 aves. A equipe também resgatou mais de dois mil peixes na represa Billings. “Quando são encontrados machucados, atendemos ali mesmo, na sala de triagem. Com uma lesão simples medicamos no laboratório. Se há uma lesão mais séria os animais são encaminhados para os órgãos que mantêm parcerias com a Dersa como, o Departamento de Parques e Áreas Verdes - Depave, o Parque Ecológico do Tietê e o Zoológico Municipal de São Bernardo do Campo, diz o veterinário responsável, Plínio Aiub.

Obras e Meio Ambiente

O anel viário Mario Covas é a maior obra no setor de transporte do Estado de São Paulo e a Dersa, empresa responsável pela obra, cumpre com rigor as medidas previstas pelo Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto de Meio Ambiente (EIA-RIMA). Por isso surgiu o projeto de proteção da fauna em torno da construção do trecho Sul, que atravessa a vegetação de Mata Atlântica e área de mananciais.

O programa entrou em operação antes do início da obra e permanece até o término desta etapa do Rodoanel. O trecho Sul está dividido em cinco lotes e em todos há um responsável ambiental treinado para prestar os primeiros atendimentos e auxiliar os veterinários na unidade móvel ou no laboratório quando necessário. Periodicamente são enviados relatórios para o Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental (Daia), a fim de constatar que todas as exigências são respeitadas. A Dersa, firmou no ano passado acordo com o Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, com a finalidade de monitorar as espécies na região.

Em todo traçado, estão previstos 14 galerias e oito pontes de passagem de fauna para que não haja isolamento de grupos. Também há um plano de manejo dos animais para os parques que serão criados e conservados como forma de compensação ambiental.

Priorizamos alocação dos animais para o habitat, porque são importantes para o equilíbrio ecológico, afirma o veterinário Plínio Aiub.Para ele, é importante destacar a conscientização dos trabalhadores que estão na obra: Um funcionário que antes, ao encontrar uma cobra, atacava o animal com uma paulada e agora se preocupada em acionar a supervisão ambiental, é para mim a maior motivação para seguir com esse projeto, finaliza .

 

Da Dersa

(I.P.)



07/26/2008


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