JADER DIZ QUE PMDB NÃO FOI INSENSÍVEL NA QUESTÃO DO SALÁRIO MÍNIMO



O senador Jader Barbalho (PA), presidente e líder do PMDB, disse nesta quarta-feira (dia 29), em resposta ao senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que não aceita ser incluído na lista dos "insensíveis" na questão da fixação do valor do salário mínimo.- Nessa relação dos insensíveis eu não fico e não deixo meu partido ficar. Nós, do PMDB, queremos o melhor e o maior salário mínimo que a economia deste país possa suportar - afirmou.Jader lembrou que, em reunião do presidente da República com a equipe econômica e lideranças dos partidos no Congresso Nacional, o ministro da Previdência, Waldeck Ornelas, explicou que o valor de R$ 151 é o máximo possível, uma vez que cada R$ 5 acrescidos ao salário mínimo geram um déficit de R$ 1 bilhão na Previdência Social. - Se o ministro Waldeck Ornelas disser na comissão mista que a Previdência suporta o aumento, seja lá que número for, o meu partido dá integral apoio. O que eu não posso é assistir o ministro da Previdência, senador pela Bahia, seu colega, dizer uma coisa no Palácio do Planalto, V. Exª dizer outra na tribuna e ficar o meu partido na relação dos insensíveis. Não, na relação dos insensíveis, não, senhor presidente! - protestou.Jader também prestou solidariedade a Antonio Carlos em relação às acusações feitas por Nicéia Pitta, pela ex-mulher do prefeito de São Paulo. Segundo Jader, Antonio Carlos "está sendo envolvido gratuitamente neste episódio" e a indignação por ele demonstrada é mais do que justa.Antonio Carlos agradeceu as palavras de apoio e de solidariedade de Jader e disse, ainda, que o ministro Waldeck Ornelas não é tão radical como afirmou o peemedebista.- No entanto, se o seu propósito é incompatibilizar o ministro com o Palácio do Planalto, pouco me importa. Continuo com minhas idéias. Para mim é indiferente se o presidente da República mantém ou não os ministros Waldeck Ornelas e Rodolfo Tourinho. V.Exa. enveredou pelo seu hábito de fazer intrigas - disse Antonio Carlos. Jader lamentou que Antonio Carlos não tenha entendido o seu discurso. O senador disse que não conhece nada que desabone a conduta dos ministros citados e lembrou que não era o único líder presente à reunião com o presidente da República, quando Waldeck Ornelas explicou o impacto do aumento do salário mínimo nas contas da Previdência. "Não sou de fazer salamaleque, nem sou palaciano. Portanto, não tente me incluir nessa relação, porque em matéria de palácio V. Exª ganha de mim. Aliás, não só neste governo, mas em todos os outros", afirmou o senador.

29/03/2000

Agência Senado


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