Agripino diz que PFL fecha questão em R$ 275 para salário mínimo
O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), participou ao Plenário que, em reunião da Executiva realizada na manhã desta quinta-feira (27), seu partido decidiu fechar questão em torno do valor de R$ 275 para o salário mínimo, a partir do dia 1º de maio. Segundo ele, trata-se de um valor modesto, porque o PFL tem compromisso com a governabilidade do país e não quer propor uma cifra mais alta, conforme desejaria.
Agripino explicou que R$ 275 representam cerca de 15% de aumento em relação aos R$ 240 praticados até abril. O senador disse ainda que o reajuste representaria apenas cerca de 5% de aumento real. Essa cifra não quebrará a economia, garantiu.
Ele lembrou que o PFL tem posição histórica de defender aumentos acima da inflação, portanto não poderia aceitar os R$ 260 propostos pelo governo.
- O PFL não abandona suas posições, como o PT faz com as suas, esquecendo a promessa de dobrar o valor aquisitivo do mínimo em quatro anos - disse.
Mata Atlântica
Agripino negou que o projeto de preservação da Mata Atlântica não tenha sido votado porque o relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Cezar Borges (PFL-BA), estaria com seu parecer atrasado. Segundo ele, se as matérias de grande interesse do Brasil ficam engavetadas, isso se deve à enxurrada de medidas provisórias que o governo envia ao Congresso, travando as pautas de votação.
- É preciso colocar a carapuça na cabeça dos responsáveis, que são os integrantes do governo. Além disso, o PT tem sido pouco eficiente na busca de consenso ou de maioria nas negociações para destrancar a pauta, até mesmo dentro de seu próprio partido - concluiu o senador pelo Rio Grande do Norte.
27/05/2004
Agência Senado
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