Jader é preso e levado ao Tocantins
- Jader é preso e levado ao Tocantins
- A Polícia Federal prendeu ontem o ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e mais cinco integrantes de grupo acusado de fraudar a extinta Sudam.
O juiz Alderico Rocha Santos, da 2ª Vara da Justiça Federal no Tocantins, decretou prisão preventiva de 11 dos 59 denunciados pelo Ministério Público Federal. Todos deverão ficar em presídio de Palmas.
Jader foi preso às 9h30 em Belém (PA) e transferido para a capital do Tocantins às 11h30.
A PF também prendeu José Arthur Guedes Tourinho, ex-superintendente da Sudam, e Maria Auxiliadora Barra Martins, dona de um escritório de assessoria e contadora do ranário da mulher de Jader - além de três empresários apontados como beneficiários das supostas fraudes.
A defesa do ex-senador disse que recorreria ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, e ao Supremo Tribunal Federal, argumentando que não há razão para a prisão preventiva. (pág. 1, A4 e A5)
- Pesquisa do Datafolha feita no último dia 6 mostra que o medo de seqüestro e assaltos na cidade de São Paulo já chegou às camadas mais baixas.
Dos 1.080 entrevistados, 53% disseram considerar grande a possibilidade de serem seqüestrados. Nas classes D e E, o índice chegou a 57%, contra 50% nas classes A e B. No ano passado, 307 seqüestros com cativeiro foram registrados no estado, aumento de quase 400% sobre o ano anterior. (pág. 1 e C1)
- O prejuízo do Banco Central com intervenções financeiras em bancos como o Nacional, o Econômico e o Bamerindus deve superar R$ 10 bilhões.
Armínio Fraga, presidente do BC, quer encerrar a liquidação ou a intervenção nessas instituições até o fim de março. Até o final do ano, quer o mesmo em outras oito instituições.
Se as liquidações fossem encerradas hoje, sem acordo com os ex-controladores, o Tesouro teria perdido R$ 9,828 bilhões.
O rombo deve ser maior. Nos bancos em liquidação extrajudicial - como os três citados acima -, dívidas são corrigidas pela Taxa Referencial, bem mais baixa do que a taxa básica da economia. (pág. 1 e B1)
- (Haia) - No julgamento do ex-ditador iugoslavo Slobodan Milosevic em Haia, Holanda, não há igualdade de condições, "no sentido real da palavra", afirmou em entrevista Dragoslav Ognjanovic, um dos advogados sérvios que o assessoram.
Para Ognjanovic, o tempo que foi concedido para Milosevic é muito reduzido. (pág. 1 e A13)
- A economia do Maranhão cresceu cerca de metade da média do Nordeste no governo de Roseana Sarney (PFL).
Dados oficiais do IBGE mostram que o estado apresentou crescimento de 6,9%, contra 12,9% da região, no período de Roseana no governo de 1995 a 1999 - anos para os quais existem informações disponíveis.
Pré-candidata a presidente, Roseana critica veladamente a atual política econômica. "Em primeiro lugar, é fundamental criar condições para o crescimento da economia", afirmou em entrevista em setembro.
No Maranhão, ela melhorou indicadores sociais, como a mortalidade infantil, que caiu 18,30%. O estado voltou a ter uma taxa similar à do Nordeste, de 52,79 por mil crianças nascidas vivas. (pág. 1 e A10 a A12)
Colunistas
PAINEL
Em sua campanha, Roseana Sarney apresentará um plano de governo com cinco grandes metas, em vez de um programa no estilo tradicional. A principal meta da pefelista será o combate à pobreza. O programa, que terá forte exploração publicitária, será coordenado pelo economista Michal Gartekraut, do ITA.
Editorial
“BRASIL GLOBAL”
A presença crescente de capitais estrangeiros na economia brasileira ainda não produziu muitos bons resultados previstos pelos defensores da abertura econômica.
As expectativas, aliás, não eram poucas, começando pelo aumento da competitividade e chegando à melhoria na qualidade dos produtos e serviços, sem esquecer da esperança de inserção mais virtuosa do País nos mercados internacionais e de criação de novos horizontes de investimento e crescimento econômico.
Os indicadores de desnacionalização da indústria brasileira são inequívocos. O capital estrangeiro respondia por 36% do faturamento dos 350 maiores grupos do País em 91. No final de 99 essa participação chegava a 53,5%. É evidente a incorporação do Brasil à globalização. (...) (pág. A2)
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02/17/2002
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