Jader nega que tenha se beneficiado de desvios do Banpará
- Não me beneficiei e não participei de nenhum desvio do Banpará e quem diz isso não sou apenas eu, mas o próprio Banco Central, que afirma, em seus relatórios, que não conseguiu detectar nenhum dado que pudesse me incriminar - declarou Jader, acrescentando: "Respondi a todas as questões. O resto é conversa fiada".
Ele criticou a forma como os trabalhos vêm sendo conduzidos pela comissão do conselho, lembrando que os fatos sob apuração não dizem respeito ao mandato parlamentar.
- Vocês acham que seria justo que o senador José Sarney (PMDB-AP) fosse questionado, por exemplo, por atos que praticou no governo pelos idos de 1966? E o senador Romeu Tuma (PFL-SP), por suas ações na Superintendência da Receita Federal do ex-presidente Collor de Mello? Esse assunto não tem nada a ver com decoro parlamentar e está sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal. Tudo que está acontecendo não passa de uma fantasia montada por meio de um noticiário espúrio que tem o objetivo de denegrir minha imagem - afirmou Jader Barbalho.
Ele ainda contestou o relatório do inspetor do Banco Central Abrahão Patruni, que o acusa de haver participado do esquema do Banpará. "Esse trabalho foi uma ilação e foi desconceituado pela própria instituição a que pertence esse funcionário", reafirmou Jader.
Perícia judicial
Jader Barbalho informou que vai solicitar a realização de uma perícia judicial, de caráter independente, que possa dirimir, de forma definitiva, as dúvidas que recaem sobre a sua inocência no caso Banpará.
- Essa auditoria vai provar que tudo o que está sendo dito sobre meu envolvimento neste caso é mentira. Na perícia judicial não vai acontecer a manipulação dos dados - afirmou.
Volta à presidência do Senado
"Reassumir a presidência é uma questão de bom senso", disse o senador Jader Barbalho ao anunciar seu retorno ao cargo em meados de setembro. Ao responder a jornalistas sobre a possibilidade de ficar constrangido com a situação atual, de estar sendo investigado, o parlamentar paraense declarou:
- Não posso ficar constrangido pela mentira dos outros. Não vou me acovardar por causa das mentiras dessas pessoas - afirmou o senador.
Requerimento de Dutra
Jader Barbalho também negou que tenha retardado, em qualquer momento, a tramitação do requerimento do senador José Eduardo Dutra (PT-SE) que solicitava ao Banco Central o envio dos relatórios sobre o caso Banpará.
- Não atrapalhei de nenhuma maneira. Pelo contrário, a solicitação foi apresentada no dia 5 de março e eu pedi diretamente ao presidente daquela instituição financeira, Armínio Fraga, o encaminhamento de todos os documentos sobre o caso para conhecê-los. Quanto aos prazos, esses são inerentes aos trabalhos da Mesa - disse.
29/08/2001
Agência Senado
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