Jarbas Vasconcelos critica implantação do Mais Médicos por meio de MP



O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) observou que ninguém ficará contra o Programa Mais Médicos, porque ninguém fica contra algo que é para o bem das pessoas. Mas considera inaceitável a “postura autoritária do governo federal, que em vez de mandar a proposta por meio de um projeto de lei, optou por uma medida provisória”. Assim, afirmou o parlamentar, a matéria já se encontra em vigência enquanto é discutida, “o que praticamente obriga o Congresso Nacional a acatar o que determinou o Poder Executivo”.

– Essa prática absolutista combina mais com o Estado Novo, de Getúlio Vargas, ou com os generais-ditadores da ditadura militar instalada no Brasil com o golpe de 64 – afirmou o senador.

O parlamentar questionou a demora na implementação do programa, já que o PT está no poder há 10 anos e lamentou a ausência de um amplo debate nacional sobre o tema na última campanha presidencial. A contratação do governo de Cuba por meio da Organização PanAmericana de Saúde, para o senador, também precisa ser melhor explicada.

O ex-governador de Pernambuco informou que a remuneração devida a cada médico, de pouco mais de R$ 10 mil, será repassada integralmente ao governo cubano, a quem caberá decidir quanto cada médico ganhará. Para Jarbas Vasconcelos, essa remuneração pode ser inferior ao salário mínimo, o que contraria leis trabalhistas brasileiras.

O senador posicionou-se contrariamente a qualquer manifestação xenofóbica e, ao mesmo tempo, condenou o que chamou de “campanha deliberada e manipulativa do PT e alguns de seus aliados” para responsabilizar a classe médica pela crise na saúde. Citou artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo por Luiz Felipe Pondé intitulado "O fascismo do PT contra os médicos", em que o autor acusa o partido de usar uma tática de difamação contra médicos brasileiros igual à usada pelos nazistas contra os judeus, “colocando neles a imagem de interesseiros e insensíveis aos sentimentos do povo”.

– Imagina se daqui a alguns meses a presidente Dilma (Rousseff) resolver responsabilizar os engenheiros pelo atraso no PAC, ou nas obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo. Ou se o PT responsabilizar os policiais pelo aumento da violência – comparou.



11/09/2013

Agência Senado


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