Jarbas Vasconcelos faz duras críticas ao governo de Dilma Rousseff



"Presidencialismo quase imperial", "rolo compressor" e "vale-tudo" foram algumas das expressões usadas pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) para qualificar o governo da presidente Dilma Rousseff. Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (11), Jarbas foi taxativo ao afirmar que, depois de dez anos, o PT "dá sinais evidentes de esgotamento" frente à Presidência da República.

– Quer seja pelo desfecho do julgamento do escândalo do mensalão, quer seja pelo surgimento de novas denúncias de corrupção, ou pela falta de iniciativa em problemas que só fizeram crescer na última década – disse.

Jarbas Vasconcelos destacou a atual seca do Nordeste como uma amostra da incompetência do governo para lidar com os problemas do semiárido . Ele citou o colapso no abastecimento d'água em seis municípios de Pernambuco e o empobrecimento das famílias com safras devastadas e rebanhos dizimados para explicar que o programa de renda mínima não é suficiente, quando o mais importante seria investir nas formas de "convivência com a estiagem".

O parlamentar também ressaltou os problemas na área de minas e energia com os constantes apagões, além das perdas de receita da Petrobras com a queda na produção. Essa situação, afirmou o senador,  compromete a imagem de "gestora eficiente e implacável" da presidente Dilma, que começou justamente nesse setor a sua atuação na administração pública. Ele ainda classificou de "populismo intervencionista" a medida de redução no preço dos serviços públicos, como da tarifa de energia elétrica, feita "sem planejamento e sem transparência".

Jarbas Vasconcelos criticou a política de desoneração tributária do governo petista por provocar um "efeito devastador nas finanças de estados e municípios". E acrescentou que "já se esgotou o modelo econômico baseado apenas no consumo". O senador assinalou que não há investimento público no país e o investimento privado tem sido adiado, por isso "nem tudo é resultado da crise internacional".

O parlamentar disse ainda que "o PT se nivelou a todos os partidos que tanto criticou e ainda fez pior". Ele afirmou que o partido "tem uma imensa dificuldade para assumir seus erros", insistindo que é "vítima de conspiração". O senador lamentou que a presidente Dilma não permita uma investigação mais autônoma das denúncias, apenas "atuando a reboque dos acontecimentos", desde a queda de seis ministros até os mais recentes escândalos envolvendo ocupantes de cargos importantes no Poder Executivo.

– Este é um governo que não age, apenas reage. Muitas vezes, de forma atribulada e equivocada – reiterou.



11/12/2012

Agência Senado


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