Jayme Campos defende equilíbrio entre preservação ambiental e desenvolvimento
O senador Jayme Campos (PFL-MT) defendeu, em discurso no Plenário nesta quinta-feira (15), a idéia de que é possível promover o desenvolvimento econômico e social do Mato Grosso com a preservação das riquezas ambientais do estado.
Jayme Campos registrou a realização do seminário "Nortão: Dificuldades, Desafios, Soluções", na última sexta-feira (9), no município de Sinop, no norte do Mato Grosso, que discutiu alternativas para um desenvolvimento combinado com preservação dos ecossistemas da região. De acordo com o senador, mais de 1.500 lideranças políticas e empresariais, além de estudiosos e profissionais liberais, participaram do evento, realizado pela Assembléia Legislativa do estado.
- Pode ser considerado um marco para a elaboração de um projeto de desenvolvimento sustentado, de ressonância interestadual, servindo de modelo para o Centro-Oeste e a Amazônia Legal - sugeriu Jayme Campos.
O senador disse que a sociedade tem o dever de conservar o meio ambiente do estado, mas sem deixar de lado as necessidades e expectativas da população local. Ele defendeu políticas públicas que possibilitem a coexistência harmônica entre os seres humanos e a natureza.
- Nosso objetivo é o de garantir, ao mesmo tempo, a preservação do meio ambiente e a manutenção da dignidade das pessoas que plantaram suas vidas naquela região - explicou.
Jayme Campos disse que representantes dos 41 municípios do norte do Mato Grosso discutiram durante o seminário a possibilidade do equilíbrio entre proteção dos mananciais da região e crescimento econômico. Para o senador, a exploração dos recursos naturais do estado não significa necessariamente devastação dos ecossistemas. O encontro discutiu ainda, informou o senador, geração de emprego, desigualdades regionais, política tributária e investimentos em infra-estrutura.
O senador enfatizou que a atual geração precisa aprender a "extrair o suficiente com menor impacto". Ou seja, são necessários investimentos em tecnologia e educação para que a exploração do solo acarrete o menor custo ambiental possível.
Ele ressaltou que a produção de alimentos já está dando sinais de esgotamento, não por falta de terras cultiváveis ou trabalhadores, mas pela "exaustão do ecossistema", problema já enfrentado por Sinop e outras cidades das regiões Centro-Oeste e Norte.
- A última fronteira agrícola do país é a própria consciência. Será possível expandir o desenvolvimento econômico sem agredir a natureza? Essa não é uma pergunta exclusiva de Sinop; é uma equação universal - afirmou.
15/02/2007
Agência Senado
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